Pós-colheita do maracujá amarelo com revestimentos a base de amido da entrecasca de mandioca
DOI:
https://doi.org/10.18378/rvads.v14i2.6220Palavras-chave:
Cobertura comestível, Armazenamento, Produtos naturais, Amido de mandioca, Agricultura familiarResumo
O maracujá amarelo é fruto climatérico que apresenta alta perecibilidade quando armazenado em temperatura ambiente. Assim, objetivou-se avaliar os efeitos do revestimento do amido da entrecasca de mandioca na conservação pós-colheita de maracujás amarelos armazenados em temperatura ambiente. O amido da entrecasca da mandioca foi extraído por decantação e seco. Em seguida, foi utilizado na preparação do revestimento vegetal, através da gelatinização do amido. O experimento seguiu delineamento inteiramente casualizado, com esquema fatorial 4 x 3, com três tratamentos (controle, sem revestimento; e amido como revestimento nas concentrações de 1%, 2% e 3%) e três tempos de amostragem (0, 7 e 10 dias). Nesse período realizaram-se análises físicas (coloração da casca, perda de massa e rendimento de suco) e químicas (sólidos solúveis, pH, acidez titulável e razão SS AT-1). Os resultados demonstraram que os tratamentos foram efetivos na manutenção da aparência visual dos frutos e redução da perda de massa ao longo dos dez 10 de armazenamento. No que se refere à manutenção dos SS, todos os tratamentos foram eficientes durante o período de armazenamento, enquanto apenas os tratamentos com 2% e 3% de amido mantiveram o pH. Os revestimentos utilizados não foram efetivos na conservação da acidez dos frutos e a razão SS AT-1 aumentou a partir do 7º dia de conservação. O revestimento com 3% de amido apresentou os melhores resultados para todos os parâmetros avaliados.Downloads
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