Forma e diâmetro de agregados do solo como fontes de variação na resistência tênsil
DOI:
https://doi.org/10.18378/rvads.v16i1.7825Palavras-chave:
Estrutura do solo, Física do solo, Qualidade do soloResumo
A qualidade do solo é fundamental para garantir a sustentabilidade dos agroecossistemas. A resistência tênsil é um dos indicadores frequentemente utilizados para o monitoramento da qualidade do solo, sendo influenciada por diversos fatores, tais como o tamanho e a forma do agregado. Nesta pesquisa, foi considerada a hipótese de que o uso de uma única forma de agregados do solo reduz a variabilidade na avaliação da qualidade estrutural dos solos. Além disso, o tamanho dos agregados influencia na determinação da resistência tênsil. Desse modo, objetivou-se avaliar a relação da resistência tênsil com o tamanho e as formas que os agregados podem assumir. Foram utilizados duas faixas de diâmetro de agregados (25-19 e 19-7,96 mm) e três formas de agregados (irregular, bases aplainadas e esférica). Os agregados com diâmetros menores (13,5 mm) apresentaram os maiores valores médios de resistência tênsil (82,73 kPa). A resistência à tração determinada nos agregados esféricos apresentou menor variabilidade. Para esses agregados, o coeficiente de variação da resistência à tração foi de 29,30 e 19,29%, para os diâmetros médios de 22 e 13,5 mm, respectivamente. Em virtude disso, a forma deve ser considerada ao avaliar a resistência à tração do agregado do solo.
Downloads
Referências
BARBOSA, L. A. P.; FERRAZ, A. C. O. Which evidence attests for soil aggregate rupture? A new criterion to determine aggregates tensile strength. Soil and Tillage Research, v. 197, n. 104530, p. 1-9, 2020. 10.1016/j.still.2019.104530.
CABELL, J. F.; OELOFSE, M. An Indicator Framework for Assessing Agroecosystem Resilience. Ecology and Society, v. 17, n. 1, p. 1–13, 2012. 10.5751/ES-04666-170118.
DEXTER, A. R.; KROESBERGEN, B. Methodology for determination of tensile strength of soil aggregates. Journal Agriculture Engineering Research, v. 31, p. 139-147, 1985. 10.1016/0021-8634(85)90066-6.
DEXTER, A.R.; WATTS, C.W. Tensile strength and friability. In: Soil Environment Analysis. Structural Methods, 2nd Ed. K.A Smith and C.E. Mullins (eds.). Marcel Dekker, New York, NY, pp. 401-430, 2000.
FERREIRA, D. F. Sisvar: A guide for its Bootstrap produces in multiple comparasions. Ciência e Agrotecnologia, v. 38, n. 38, p. 109-112, 2014. 10.1590/S1413-70542014000200001 .
FIGUEIREDO. C.; SILVA, A. P.; TORMENA, C. A.; GIAROLA, N. F. B; MORAES, S. O.; ALMEIDA, B. G. Desenvolvimento de um consolidômetro pneumático; modelagem da compactação, penetrometria e resistência tênsil de agregados de solo. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 35, p. 389-409, 2011. 10.1590/S0100-06832011000200009 .
JONG VAN LIER, Q.; GUBIANI, P. I. Além do “intervalo hídrico ótimo”: Repensando a pesquisa em física do solo no Brasil. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 9, p. 925-939, 2015.
LI, Y.; LI, Z.; CUI, S.; ZANG, Q. Trade-off between soil pH, bulk density and other soil physical properties under global no-tillage agriculture. Geoderma, v. 361, n. 114099, p. 1-9, 2020. 10.1016/j.geoderma.2019.114099.
MUNKHOLM, L. J. Soil friability: A review of the concept, assessment and effects of soil properties and management . Geoderma, v. 167, p. 236-246, 2015. 10.1016/j.geoderma.2011.08.005.
MUNKHOLM, L. J.; HECK, R. J.; DEEN, B.; ZIDAR, T. Relationship between soil aggregate strength, shape and porosity for soils under different long-term management. Geoderma, v. 268, p. 52–59, 2016. 10.1016/j.geoderma.2016.01.005.
OLIVEIRA, L. S.; MAIA, R. N.; ASSIS JÚNIOR, R. N.; ROMERO, R. E.; COSTA, M. C. G.; ALENCAR, T. L.; MOTA, J. C. A. Tensile strength values for degrees of soil consistency using human perception and TS-Soil device. Catena, v. 190, n. 104541, 2020. 10.1016/j.catena.2020.104541
RABOT, E.; WIESMEIER, M.; SCHÜTER, H.; VOGEL, J. Soil structure as an indicator of soil functions: A review. Geoderma, v. 314, p. 122-137, 2018. 10.1016/j.geoderma.2017.11.009.
SANTOS, H. G.; JACOMINE, P. K. T.; ANJOS, L. H. C.; OLIVEIRA, V. A. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa Solos. 5. ed. Brasília: Embrapa Solos, 2018. 590 p.
SEBEN Jr, G. F.; CORÁ, J. E.; FERNANDES, C.; LAL, R. Aggregate shape and tensile strength measurement. Soil Science, v. 178, p. 301-307, 2013. 10.1097/SS.0b013e3182a4a0a6.
STEFANOSKI, D. C.; SANTOS, G. G.; MARCHÃO, R. L.; PETTER, F. A.; PACHECO, L. P. Uso e manejo do solo e seus impactos sobre a qualidade física. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 17, p. 1301-1309, 2013. 10.1590/s1415-43662013001200008.
TORMENA, C. A.; FIDALSKI, J.; ROSSI JUNIOR, W. Resistência tênsil e friabilidade de um Latossolo sob diferentes sistemas de uso. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 32, p. 33-42, 2008. 10.1590/S0100-06832008000100004.
WARRICK, A. W.; NIELSEN, D. R. Spatial variability of soil physical properties in the field. In: HILLEL, D. (ed.) Applications of soil physics. New York, Academic Press, 1980. 350p.
XAVIER, C. A.; MOITINHO, M. R.; TEIXEIRA, D. B.; SANTOS, G. A. A.; BARBOSA, M. A.; MILORI, D. M. B. P.; RIGOBELO, E.; CORÁ, J. E.; LA ESCALA Jr, N. Crop rotation and sucession in a no-tillage system: Implications for CO2 emission and soil attributes. Journal Envrionmental Management, v. 245, p. 8-15, 2019. 10.1016/j.jenvman.2019.05.053.
