Produção de taro, aporte de fitomassa de Sesbania e Flemingia e melhoria na fertilidade do solo em sistemas agroflorestais em planície inundável
DOI:
https://doi.org/10.18378/rvads.v17i1.9073Palavras-chave:
Calophyllum brasiliense, Adubo verde, Fertilidade do solo, Recursos hídricos, Mudanças climáticasResumo
As planícies de inundação foram as primeiras áreas desmatadas para uso agrícola no mundo todo. No Brasil essas áreas podem ser restauradas com o cultivo de guanandi Calophyllum brasiliense, espécie florestal nativa de lento crescimento adaptada ao alagamento. Os objetivos deste estudo foram: (i) avaliar o manejo do taro Colocasia esculenta na diversificação da monocultura de guanandi em dois sistemas agroflorestais (SAFs), (ii) avaliar a contribuição de macronutrientes dos adubos verdes Flemingia macrophylla e Sesbania virgata, ambas manejadas com podas para a adubação verde e (iii) os efeitos nos teores de nutrientes no solo comparados ao monocultivo de guanandi como controle. O experimento em blocos ao acaso contou com oito repetições e parcelas de 216,0 m² com quatro linhas de seis árvores de guanandi em cada linha. No SAF simples (SAFS), o taro foi consorciado com Flemingia e no SAF biodiverso (BAFS), com Sesbania, banana (Musa sp.), palmeira juçara (Euterpe edulis) e 14 espécies de árvores nativas. A produção foi avaliada em períodos com alta pluviosidade e escassez hídrica. Com inundações o taro produziu 15 Mg ha-1 de rizomas comerciais no SAFS e 9 Mg ha-1 no BAFS, mas a seca inviabilizou a produção comercial, sem diferenças entre o plantio de rizoma central e rizoma filho. No entanto, foram colhidos rizomas suficientes para novo plantio. Flemingia acumulou 17 Mg ha-1 de matéria fresca e Sesbania contribuiu com 2 Mg ha-1. O pH do solo e os teores de macronutrientes, especialmente de K, foram significativamente maiores nos SAF comparado à monocultura de guanandi.
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