BIBLIOMETRIA DOS ESTUDOS SOBRE O USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PELO JUDICIÁRIO BRASILEIRO E SUA CORRELAÇÃO COM A AGENDA 2030

Autores

Palavras-chave:

ODS; IA; Agenda 2030; Justiça.

Resumo

O estudo buscou analisar a tendência dos estudos acerca do uso da Inteligência Artificial pelo Poder Judiciário brasileiro de uma perspectiva da consecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 e, assim, identificar os avanços e desafios científicos associados à aplicação da IA no sistema de justiça, ou seja, buscou-se compreender como essas iniciativas tecnológicas contribuem ou limitam o alcance dos ODS. Para tanto, adotou-se como metodologia a bibliometria, tendo sido utilizada a Lei de Zipf para identificar a frequência de termos-chave nos artigos publicados entre 2018 e 2024 que se encontram indexados na plataforma Periódicos CAPES. Os dados coletados foram analisados considerando o quantitativo de publicações por ano do período selecionado, os pontos positivos e as principais preocupações identificadas nos estudos mapeados quanto ao uso da IA pelo Poder Judiciário brasileiro e, por fim, a partir dessas análises, estruturou-se a correlação entre cada estudo e os ODS da Agenda 2030. Os achados indicam que o potencial positivo do uso da IA no sistema de justiça, contudo, também apontam a existência de entraves que limitam o alinhamento do uso da IA com o ODS 16, assim como, o avanço das pesquisas para que se caminhe para o aprofundamento dos estudos também relacionado aos demais Objetivos previstos na Agenda de Desenvolvimento Sustentável. Por fim, o estudo fornece subsídios para o prosseguimento da pesquisa em outras ramificações do tema que contribuam para sanar as lacunas encontradas e possam orientar, regulamentações e outras políticas públicas solucionem as questões controversas quanto ao tema.

Biografia do Autor

Marília Elias Bernardo, Mestrado Profissional em Administração Pública PROFIAP (UFCG-CCJS), Sousa, Paraíba

Graduada em direito pela Universidade Federal de Campina Grande, pós-graduada “Lato sensu” em direito previdenciário pela Faculdade Legale e mestranda pelo Programa de Mestrado Profissional em Administração Pública PROFIAP (UFCG-CCJS).

Daênio Pinto Nóbrega Gadelha, Mestrado Profissional em Administração Pública PROFIAP (UFCG-CCJS), Sousa, Paraíba

Graduado em Direito pela UFPB, Especialista em Gestão Pública pela UFCG e Mestrando em Administração Pública pelo Profiap/UFCG. Servidor Público Federal da UFCG.

Jacyara Farias Souza Marques, Mestrado Profissional em Administração Pública PROFIAP (UFCG-CCJS), Sousa, Paraíba

Possui graduação em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal de Campina Grande (2003).Especialização em Direito Processual Civil pela Universidade Federal de Campina Grande (2005). Mestrado em Ciências Jurídicas na área de concentração - Direito Econômico pela Universidade Federal da Paraíba (2009) e Doutora em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidad del Museo Social Argentino (2014) cujo título foi reconhecido pela UFCG. É Membro do Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito (CONPEDI).É avaliadora de revistas qualizadas nacionais e internacionais. É docente vinculada ao Mestrado Profissional em Administração Pública (PROFIAP/UFCG) e tem orientações de mestrado concluídas e em curso. É pesquisadora vinculada ao grupo de estudo e pesquisa em Direitos Humanos da UFCG - GEPDIH com projeto de pesquisa sobre os conselhos municipais de políticas públicas - em desenvolvimento. É avaliadora de Cursos vinculada ao BASis/INEP É Professora Adjunto-III C do Centro de Ciências Jurídicas e Sociais, cämpus de Sousa, da Universidade Federal de Campina Grande. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Constitucional e Direito Econômico.

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Publicado

2025-04-02

Como Citar

Bernardo, M. E., Gadelha, D. P. N., & Marques, J. F. S. (2025). BIBLIOMETRIA DOS ESTUDOS SOBRE O USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PELO JUDICIÁRIO BRASILEIRO E SUA CORRELAÇÃO COM A AGENDA 2030. Caderno Verde De Agroecologia E Desenvolvimento Sustentável, 14(1), 01–16. Recuperado de https://gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/11299

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