Mel: Um Antimicrobiano Natural na Prática Farmacêutica

Autores/as

  • Samuel Ventura Faculdade Rebouças de Campina Grande
  • Francisco de Assys Romero da Mota Sousa Faculdade Rebouças de Campina Grande
  • Thyago Araujo Gurjão Faculdade Rebouças de Campina Grande
  • Mateus Lenner Faculdade Rebouças de Campina Grande

Palabras clave:

ação antimicrobiana; propriedades medicinais; microrganismos; o uso do mel.

Resumen

O mel, conhecido por suas propriedades medicinais na prática médica tradicional, trouxe um novo foco na prática farmacêutica moderna como um potencial antimicrobiano natural. O uso do mel como agente antimicrobiano não é novidade; sempre foi historicamente utilizado como um agente anti-infeccioso e de cura de feridas, e a investigação moderna certamente não desaponta ao revelar os mecanismos da ação antimicrobiana. O mel é rico em compostos fenólicos, que desempenham um papel crucial. De fato, esses compostos foram comprovados como substâncias responsáveis pela atividade antibacteriana do mel e podem impedir o crescimento de vários microrganismos patogênicos (Cianciosi et al., 2018). Em relação aos tipos de mel, o mel de Manuka é o mais popular devido ao alto teor de metilglioxal, um composto com propriedades antimicrobianas impressionantes, capaz de matar até cepas bacterianas que são resistentes aos efeitos dos antibióticos (Johnston et al., 2018; Dahiya et al., 2024). Uma revisão por Kwakman e Zaat (2012) apoiou que o mel contém muitos compostos antibacterianos que juntos podem contribuir para combater infecções. Juntamente com suas qualidades de combate a bactérias, o mel foi comprovado por exibir qualidades de cicatrização e tratamento de feridas. O uso de mel para curar feridas foi estabelecido como eficaz para controlar inflamações e promover a regeneração do tecido (Minden-Birkenmaier & Bowlin, 2018). Mandal e Mandal (2011) em um de seus artigos discutem o papel do mel como um substituto de antimicrobianos sintéticos, assim como a autenticidade do uso farmacêutico e clínico do mel. Embora o uso do mel para fins farmacêuticos seja altamente promissor, ainda existe a necessidade de normatização e padronização em uma certa medida, uma vez que a fabricação de medicamentos deve ser segura e eficaz. O documento instrui as autoridades a controlarem estritamente e padronizarem o uso de mel para propósitos terapêuticos restritos, de modo a obter a máxima eficácia. A revisão da literatura está clara nos indícios de que o mel tem qualidades antimicrobianas potenciais e, portanto, pode ser aplicado ao campo da saúde. Entretanto, muito mais pesquisa são necessárias para estabelecer diretrizes claras sobre como aplicá-los na saúde clínica e garantir que os produtos farmacêuticos com mel sejam seguros, eficazes e adequadamente regulados.

Citas

Bibliografia

CIANCIOSI, D. et al. Phenolic compounds in honey and their associated health benefits: A review. Molecules (Basel, Switzerland), v. 23, n. 9, p. 2322, 2018.

DAHIYA, D.; MACKIN, C.; NIGAM, P. S. Studies on bioactivities of Manuka and regional varieties of honey for their potential use as natural antibiotic agents for infection control related to wound healing and in pharmaceutical formulations. AIMS microbiology, v. 10, n. 2, p. 288–310, 2024.

JOHNSTON, M. et al. Antibacterial activity of Manuka honey and its components: An overview. AIMS microbiology, v. 4, n. 4, p. 655–664, 2018.

KWAKMAN, P. H. S.; ZAAT, S. A. J. Antibacterial components of honey. IUBMB life, v. 64, n. 1, p. 48–55, 2012.

MANDAL, M. D.; MANDAL, S. Honey: its medicinal property and antibacterial activity. Asian pacific journal of tropical biomedicine, v. 1, n. 2, p. 154–160, 2011.

MINDEN-BIRKENMAIER, B. A.; BOWLIN, G. L. Honey-based templates in wound healing and tissue engineering. Bioengineering (Basel, Switzerland), v. 5, n. 2, p. 46, 2018.

Publicado

2024-08-30

Cómo citar

Ventura, S., Romero da Mota Sousa, F. de A., Araujo Gurjão, T., & Lenner, M. (2024). Mel: Um Antimicrobiano Natural na Prática Farmacêutica. Caderno Verde De Agroecologia E Desenvolvimento Sustentável, 13(2), 03–03. Recuperado a partir de https://gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10856

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