Toxicidade de espinetoram e espinosade, via ingestão, sobre Apis mellifera L
Palavras-chave:
Polinização. Cucurbitáceas. Inseticidas. Abelhas. Mortalidade.Resumo
As abelhas em geral são insetos importantes para agricultura por contribuírem para a polinização de diversas flores e, consequentemente, para obtenção de frutos. Dentre as espécies de abelhas, Apis mellifera (Hymenoptera: Apidae) é um dos principais polinizadores em áreas agrícolas no mundo. No entanto, apesar da importância dos polinizadores, é crescente os casos de mortalidade de abelhas nas lavouras devido ao uso abusivo de produtos fitossanitários, principalmente os inseticidas sintéticos utilizados no manejo das pragas agrícolas. Portanto, o objetivo do trabalho foi avaliar os inseticidas Espinetoram e Espinosade, nas doses mínima e máxima recomendada para o controle de pragas em cucurbitáceas, via ingestão, sobre A. mellifiera. O trabalho foi realizado no laboratório de Entomologia do CCTA/UFCG, Campus Pombal-PB, em Delineamento Inteiramente Casualizado, composto por cinco tratamentos [Testemunha absoluta (água destilada), duas dosagens de Espinetoram (120 e 160 g/ha) e duas dosagens de Espinosade (150 e 200 mL/ha)] em cinco repetições, sendo cada unidade experimental formada por 10 abelhas adultas. As abelhas foram expostas aos inseticidas no interior de arenas (constituídas de recipientes plásticos com 15 cm de diâmetro e 15 cm de altura, com a extremidade coberta por tela fina), via fornecimento de dieta (Pasta cândi) contaminada por cada um dos tratamentos. Após a exposição aos tratamentos foi avaliada a mortalidade das abelhas durante um período de 72 horas. A mortalidade na testemunha foi corrigida pela fórmula de Abbott e os dados obtidos foram submetidos a analise de variância, sendo as médias comparadas pelo teste não paramétrico de Kruskal Wallis ao nível de 5% de significância. Foi verificada diferença significativa entre os inseticidas avaliados e o tratamento testemunha. Os inseticidas Espinetoram e Espinosade, nas doses mínimas e máximas avaliadas, ocasionaram 100% de mortalidade sobre as abelhas ao final das 72 horas de avaliação, sendo considerados extremamente tóxicos a A. mellifera via ingestão. Salienta-se que todas as dosagens utilizadas são registradas para o controle de pragas em cucurbitáceas, plantas que dependem da polinização realizada por A. mellifera para obtenção de frutos. Com isso, deve-se utilizar com prudência os referidos inseticidas, especialmente em períodos de floração, momento no qual as abelhas estão em constante forrageamento.
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