Os impactos sociais e ambientais do trabalho agrícola desenvolvido nas colônias penais brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.18378/rbfh.v12i4.10267Resumo
Este artigo tem a finalidade de evidenciar o trabalho agrícola realizado nas colônias penais brasileiras, como meio de ressocializar o apenado e de garantir a preservação e a manutenção do meio ambiente, discorrendo também sobre os impactos ambientais dessa prática. A pesquisa, desenvolveu-se com base metodológica exploratória, bibliográfica e documental, e analisa com abordagem qualitativa aspectos relacionados a teoria geral da pena, com enfoque na função ressocializadora desta, investigando a transcendência da pena ao longo da evolução social, bem como a relevância do trabalho desenvolvido pelos encarcerados dentro dos estabelecimentos prisionais como forma de ressocialização e uso sustentável de práticas agrícolas. Desse estudo, percebeu-se que que apesar da atividade agrícola se mostrar cabalmente relevante e positiva dentro do cenário carcerário e ambiental, infelizmente, há uma carência de recursos para que tal prática seja implantada em larga escala. Inclusive no que se refere a estudos científicos sobre o tema, de modo a haver poucos material e dados recentes a esse respeito. Portanto, urge a necessidade do investimento na viabilização de práticas educacionais e laborais voltadas ao meio ambiente como forma de reeducar o agente em cárcere, com vistas a manutenção dos estabelecimentos prisionais, como também difusão de boas práticas ecológicas, que promovam capacitação e emancipação dos internos após o cumprimento de suas penas, de modo a mitigar a reincidência.
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