Estratégias para monitoramento da hipertensão arterial sistêmica na atenção primária

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18378/rbfh.v13i1.10394

Palavras-chave:

Pressão arterial, Acesso à atenção primária, Programas de monitoramento de prescrição de medicamentos, Estratégia em saúde da família.

Resumo

Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é considerada a doença cardiovascular com maior disseminação ao redor do mundo. Com o crescimento da expectativa de vida da população, há cada vez mais indivíduos com estilo de vida sedentário, consequentemente, a tendência é que a prevalência da hipertensão arterial em todo o mundo continue a aumentar gradativamente. Método: O artigo foi produzido em forma de relato de experiência usando a metodologia do Arco de Maguerez, levando em consideração a dificuldade da implementação de estratégias para monitoramento da HAS na atenção primária. O acompanhamento dos pacientes ocorreu em duas unidades de saúde no município de Passagem -PB, entre março/dezembro de 2023. Resultados: Os atendimentos foram divididos entre as UBS Maria das Neves e UBS do Café do Vento. Inicialmente, a organização da agenda enfrentou resistência da gestão, mas após avaliação dos baixos indicadores, houve uma reestruturação para implementação do HIPERDIA, priorizando atendimento a pacientes diabéticos e hipertensos. As atividades incluíram educação em saúde e controle rigoroso da pressão arterial. A reestruturação das agendas de saúde com foco no atendimento a esses pacientes apresentou-se como uma medida para aprimorar o monitoramento da HAS na atenção básica, e demonstrou ser um método eficaz de intervenção. Conclusão: A atenção primária desempenha um papel decisivo e eficaz na detecção, tratamento e prevenção da HAS, uma vez que a maioria dos pacientes recebe cuidados nesse nível. Além disso, o tratamento personalizado e o acompanhamento adequado são essenciais, especialmente para pacientes com hipertensão secundária, que podem necessitar de cuidados específicos.

       

Referências

BÖHM, M. et al. Efficacy of catheter-based renal denervation in the absence of antihypertensive medications (SPYRAL HTN-OFF MED Pivotal): a multicentre, randomised, sham-controlled trial. The Lancet, v. 395, n. 10234, p. 1444-1451, 2020. doi: 10.1016/S0140-6736(20)30554-7.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Saúde da Família. Linha de cuidado do adulto com hipertensão arterial sistêmica [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2021. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/linha_cuidado_adulto_hipertens%C3%A3o_arterial.pdf.

BURNIER, M.; EGAN, B. M. Adherence in Hypertension. Circ. Res. v. 124, p. 1124–1140, 2019. doi:10.1161/CIRCRESAHA.118.313220.

CARVALHO, A. S.; SANTOS, P. Medication Adherence in Patients with Arterial Hypertension: The Relationship with Healthcare Systems’ Organizational Factors. Patient Prefer. Adherence. v. 13, p. 1761–1774, 2019. doi: 10.2147/PPA.S216091.

DIEMER, F. S. et al. Hypertension prevalence, awareness, treatment, and control in Surinamese living in Suriname and The Netherlands: The HELISUR and HELIUS studies. Intern. Emerg. Med. v. 15, n. 6, p. 1041–1049, 2020. Doi: 10.1007/s11739-019-02269-z.

GAVRILOVA, A. et al. Knowledge about disease, medication therapy, and related medication adherence levels among patients with hypertension. Medicina, v. 55, n. 11, p. 715, 2019. Doi: 10.3390/medicina55110715.

GUSMÃO, J. L. et al. Adesão ao tratamento em hipertensão arterial sistólica isolada. Rev Bras Hipertens. v. 16, n. 1, p. 38-43, mar. 2009.

GUZMÁN-TORDECILLA, D. N.; GARCÍA, A. B.; RODRÍGUEZ, I. Interventions to increase the pharmacological adherence on arterial hypertension in Latin America: A systematic review. Int. J. Public Health. v. 65, n. 1, p. 55–64, 2020. Doi: 10.1007/s00038-019-01317-x.

HAMMERSLEY V. et al. Telemonitoring at scale for hypertension in primary care: An implementation study. PLoS Med. v. 17, n. 6, e1003124, 2020. Doi: 10.1371/journal.pmed.1003124.

IANCU, M. A. et al. Therapeutic Compliance of Patients with Arterial Hypertension in Primary Care. Medicina (Kaunas). v. 56, n. 11, p. 631, 2020. Doi: 10.3390/medicina56110631.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). População no último censo. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pb/passagem/panorama. Acesso em: 02 mar. 2024.

KOHLMANN JÚNIOR, O. et al. III Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 43, n. 4, p. 257-286, ago. 1999. Doi: 10.1590/s0004-27301999000400004.

LAUDELINO, C. Q. A.; SOUSA, M. N. A. Mudanças na estratégia na busca ativa de pacientes hipertensos: um relato de experiência. RBFH, v. 13, n. 1, p. 2331-2340, jan.-mar., 2024. Doi: 10.18378/rbfh.v13i1.10362.

LOPES, S. et al. Effect of Exercise Training on Ambulatory Blood Pressure Among Patients With Resistant Hypertension: A Randomized Clinical Trial. JAMA Cardiol. v. 6, n. 11, p. 1317-1323, 2021. Doi: 10.1001/jamacardio.2021.2735.

MANGUEIRA, C. B. P.; SOUSA, M. N. A. Assistência aos hipertensos e diabéticos em uma unidade de saúde da família baseada no desempenho dos indicadores do Previne Brasil. RBFH, v. 13, n. 1, p. 2250-2262, jan.-mar., 2024. Doi: 10.18378/rbfh.v13i1.10352.

MARQUES, A. P. et al. Fatores associados à hipertensão arterial: uma revisão sistemática. Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, n. 6, p. 2271–2282, jun. 2020.

OMEZZINE, R. G. et al. Predictors of Poor Adherence to Hypertension Treatment. Tunis. Med. v. 97, n. 4, p. 564–571, 2019.

ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD (OMS). Información general sobre la hipertensión en el mundo. Una enfermedad que mata en silencio, una crisis de salud pública mundial. Día Mundial de la Salud 2013 Ginebra: OMS; 2013.

PAVLOU, D. I. et al. Hypertension in patients with type 2 diabetes mellitus: Targets and management. Maturitas, v. 112, p. 71-77, 2018. Doi: 10.1016/j.maturitas.2018.03.013.

PRADO, M. L. et al. Charles Maguerez Arc: reflecting methodology strategies on active training for health professionals. Esc Anna Nery. v. 16, n. 1, p. 172-7, 2012. Doi: 10.1590/S1414-81452012000100023.

RADIGONDA, B. et al. Avaliação do acompanhamento de pacientes adultos com hipertensão arterial e ou diabetes melito pela Estratégia Saúde da Família e identificação de fatores associados, Cambé-PR, Brasil, 2012. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 25, n. 1, p. 1-10, jan. 2016. Doi: 10.5123/s1679-49742016000100012.

REINERS, A. A. O. et al. Adesão ao tratamento de hipertensos da atenção básica. Ciência, Cuidado e Saúde, v. 11, n. 3, p. 581-587, 2012. Doi: 10.4025/cienccuidsaude.v11i3.16511.

WILLIAMS, B. et al. Facing the Challenge of Lowering Blood Pressure and Cholesterol in the Same Patient: Report of a Symposium at the European Society of Hypertension. Cardiol. Ther. v. 9, n. 1, p. 19–34, 2020. Doi: 10.1007/s40119-019-00159-1.

Downloads

Publicado

2024-03-03

Como Citar

Marques, M. N. da N., & Sousa, M. N. A. de. (2024). Estratégias para monitoramento da hipertensão arterial sistêmica na atenção primária . Revista Brasileira De Filosofia E História, 13(1), 2429–2440. https://doi.org/10.18378/rbfh.v13i1.10394

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 3 > >>