A Revolução Praieira na Paraíba
Resumo
Embora tenha eclodido em novembro de 1848, a Revolução Praieira possui um quadro que começou a se descortinar no início da década de 1840, quando ocorreu uma dissidência do Partido Liberal, dando, assim, origem ao 'Partido Praieiro'. A referida revolta possuía uma estreita conexão com os grupos políticos envolvidos nos acontecimentos de 1817 e 1824. Mesmo sem comando unificado, suas bases eram os engenhos, com recrutamento de combatentes entre dependentes dos senhores. A princípio, a rebelião praieira não passava de conflitos isolados, sobretudo no interior, com ataques a vilas para intimidar os opositores ou então aos engenhos inimigos para recolher alimentos, munições e animais de carga. No entanto, em dezembro de 1848, a referida rebelião havia atingido dimensões suficientemente graves, exigindo uma intervenção por parte Estado imperial. Embora somente tenha chegado à Paraíba em 1849, a referida revolução teve início no ano anterior. No Recife, os combates se intensificaram em fevereiro de 1849, logo após a posse do novo presidente, em substituição ao liberal Chicharro da Gama. Vista, a princípio, como uma luta entre as oligarquias que dominavam a política pernambucana na primeira metade do século XIX, a Revolução Praieira também teve sua importância sociopolítica. Ela mostrou os privilégios concedidos a determinados grupos em detrimento do restante da sociedade e apesar de não ter se preocupado com escravidão, mostrou que a organização de um determinado grupo de pessoas na defesa de seus ideais pode fazer a diferença. Apesar de seu fracasso, a Revolução Praieira – que contou com a participação do bacharel Maximiano Machado e do jornalista Borges da Fonseca, ambos paraibano - deixou o seu legado. Seu ideário sobreviveu e frutificou.
Palavras-chave: Revolução Praieira. Paraíba. Movimentos Sociais.
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