Ocorrência de ficotoxinas diarreicas em ostras e mexilhões cultivados entre 2019 e 2020 em Governador Celso Ramos, SC
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Resumen
Santa Catarina é o maior produtor nacional de moluscos bivalves, os quais são animais filtradores que podem reter toxinas produzidas por microalgas. Dentre estas toxinas, as causadoras de intoxicação diarreica têm maior ocorrência no litoral catarinense. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a ocorrência de ácido okadáico, pectenotoxina e yessotoxina em moluscos bivalves entre 2019 e 2020, em Fazenda da Armação, Governador Celso Ramos (SC), através dos relatórios oficiais de monitoramento. Em 2019, 4 dos 32 laudos apresentaram resultados positivos para ácido okadáico, com concentrações de 46,2, 55,0, 126,2 e 141,2 µg/kg, ainda dentro do limite regulatório (160µg/kg). Embora os laudos do ano de 2020 não tenham sido compilados em sua totalidade, foi observada uma maior ocorrência de contaminação, onde 11 dos 29 laudos apresentaram detecção de uma ou mais ficotoxinas, e 7 apresentaram concentração de ácido okadáico acima do limite regulatório (de 161,2 a 462,5 µg/kg). Isso pode ser justificado pelo aumento de Florações de Algas Nocivas neste ano, a qual é um fenômeno ecológico complexo, de difícil previsão de ocorrência. Sendo assim, a coleta de amostras de água e moluscos bivalves no litoral catarinense, realizada pela CIDASC, bem como as análises de ficotoxinas, realizadas em laboratórios licenciados, se tornam de fundamental importância para a saúde pública. Além de permitir um monitoramento contínuo de biotoxinas marinhas em moluscos bivalves de Santa Catarina, e, portanto, a segurança alimentar, tal ação ainda promove o fortalecimento da maricultura, importante atividade econômica do estado.
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