Tendência da mortalidade neonatal no Pará de 2010 a 2020
DOI:
https://doi.org/10.18378/rebes.v14i1.10145Palavras-chave:
Óbitos neonatais, Perfil epidemiológico , Fatores de riscoResumo
Trata-se de estudo transversal que teve como objetivo analisar os óbitos neonatais no estado do Pará no período de 2010 a 2020, com o intuito de identificar a ocorrência de acordo com as micro e mesorregiões e descrever o perfil epidemiológico dos óbitos conforme sexo, idade gestacional, tipo de gravidez e peso ao nascer. Os resultados indicaram uma redução geral de 24% nos óbitos neonatais, porém com variação significativa entre as micro e mesorregiões. A prematuridade esteve presente em 56% dos óbitos, também foi observado um aumento nos óbitos em neonatos com menos de 22 semanas de gestação. Também foi observado que os óbitos neonatais foram mais frequentes em mães com baixa escolaridade. Neste contexto, estratégias personalizadas para cada microrregião são necessárias para melhorar os indicadores neonatais. O fortalecimento do pré-natal, a promoção do parto normal, o cuidado adequado ao prematuro e a disseminação de informações e educação para gestantes e famílias são fundamentais para reduzir os óbitos neonatais. Os achados contribuem para o conhecimento sobre os fatores de risco associados aos óbitos neonatais e ressaltam a necessidade de intervenções específicas e integradas visando melhorar os desfechos neonatais e garantir um futuro saudável para as crianças paraenses.
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Referências
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