Endocardite infecciosa: diretrizes otimizadas para rastreio e identificação precoce

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18378/rebes.v13i3.10152

Resumo

A endocardite infecciosa (EI) é uma patologia cardíaca grave, caracterizada pela infecção do endocárdio, frequentemente afetando as válvulas cardíacas. Apesar de sua incidência não ser extremamente alta, a EI é marcada por elevadas taxas de morbidade e mortalidade, tornando seu diagnóstico precoce e tratamento eficaz essenciais para melhores desfechos clínicos. O presente artigo tem como objetivo principal revisar a literatura existente sobre a endocardite infecciosa, focando nas diretrizes otimizadas para seu rastreio e identificação precoce. Busca-se, assim, fornecer uma visão atualizada e abrangente sobre as melhores práticas e métodos de diagnóstico da EI. Dada a natureza deste trabalho como revisão de literatura, foi realizada uma busca sistemática em bases de dados acadêmicas renomadas, incluindo PubMed, Scopus e LILACS. Foram selecionados artigos publicados nos últimos 20 anos, utilizando palavras-chave específicas relacionadas à EI e suas diretrizes de rastreio. Os artigos selecionados foram submetidos a uma análise crítica rigorosa, focando em sua metodologia, resultados e conclusões. A revisão da literatura revelou que, apesar dos avanços na área, ainda existem lacunas significativas no rastreio e diagnóstico precoce da EI. No entanto, foram identificadas diversas diretrizes e técnicas emergentes que prometem melhorar a identificação da doença em seus estágios iniciais. Além disso, foi observada uma tendência crescente na integração de tecnologias avançadas, como a inteligência artificial, no processo de diagnóstico da EI. Em conclusão, este trabalho oferece uma visão abrangente das diretrizes atuais para o rastreio e identificação precoce da endocardite infecciosa, servindo como um guia valioso para clínicos e pesquisadores na área. A contínua atualização e adaptação das práticas médicas são essenciais para enfrentar os desafios associados ao diagnóstico e tratamento da EI.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AMBROSIONI, J. et al. The changing epidemiology of infective endocarditis in the twenty-first century. Current infectious disease reports, v. 19, p. 1-10, 2017.

ATHAN, E. et al. Clinical characteristics and outcome of infective endocarditis involving implantable cardiac devices. Jama, v. 307, n. 16, p. 1727-1735, 2012.

BUTT, S. et al. Health care workers’ perspectives on care for patients with injection drug use associated infective endocarditis (IDU-IE). BMC Health Services Research, v. 22, n. 1, p. 1-8, 2022.

CAHILL, T. J. et al. Challenges in infective endocarditis. Journal of the american college of cardiology, v. 69, n. 3, p. 325-344, 2017.

FERNÁNDEZ-HIDALGO, N.; MAS, P. T. Epidemiology of infective endocarditis in Spain in the last 20 years. Revista Española de Cardiología (English Edition), v. 66, n. 9, p. 728-733, 2013.

GRINBERG, M.; SOLIMENE, M. C. Aspectos históricos da endocardite infecciosa. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 57, n. 2, p. 228-233, 2011.

HABIB, G. et al. Clinical presentation, aetiology and outcome of infective endocarditis. Results of the ESC-EORP EURO-ENDO (European infective endocarditis) registry: a prospective cohort study. European heart journal, v. 40, n. 39, p. 3222-3232, 2019.

HU, W.; WANG, X.; SU, G. Infective endocarditis complicated by embolic events: Pathogenesis and predictors. Clinical cardiology, v. 44, n. 3, p. 307-315, 2021.

JUNIOR, O. C. Endocardite infecciosa e profilaxia antibiótica: um assunto que permanece controverso para a odontologia. RSBO, v. 7, n. 3, p. 372-6, 2010.

LEONE, S. et al. Epidemiology, characteristics, and outcome of infective endocarditis in Italy: the Italian Study on Endocarditis. Infection, v. 40, p. 527-535, 2012.

LIN, Y.-T. et al. Infective endocarditis in children without underlying heart disease. Journal of Microbiology, Immunology and Infection, v. 46, n. 2, p. 121-128, 2013.

LÓPEZ, J. et al. Internal and external validation of a model to predict adverse outcomes in patients with left-sided infective endocarditis. Heart, v. 97, n. 14, p. 1138-1142, 2011.

MELO, L. et al. Endocardite Infecciosa: Casuística do Departamento de Medicina Interna de um Hospital. Medicina interna, v. 24, n. 1, p. 19-23, 2017.

N’GUYEN, Y. et al. Time interval between infective endocarditis first symptoms and diagnosis: relationship to infective endocarditis characteristics, microorganisms and prognosis. Annals of medicine, v. 49, n. 2, p. 117-125, 2017.

NUNES, M. C. P. et al. Outcomes of infective endocarditis in the current era: early predictors of a poor prognosis. International Journal of Infectious Diseases, v. 68, p. 102-107, 2018.

PARAS, M. L. et al. Multidisciplinary team approach to confront the challenge of drug use–associated infective endocarditis. The Journal of Thoracic and Cardiovascular Surgery, 2021.

POLEWCZYK, A. et al. Clinical manifestations of lead-dependent infective endocarditis: analysis of 414 cases. European Journal of Clinical Microbiology & Infectious Diseases, v. 33, p. 1601-1608, 2014.

SLIPCZUK, L. et al. Infective endocarditis epidemiology over five decades: a systematic review. PloS one, v. 8, n. 12, p. e82665, 2013.

THUNY, F. et al. Infective endocarditis: prevention, diagnosis, and management. Canadian Journal of Cardiology, v. 30, n. 9, p. 1046-1057, 2014.

ULU KILIC, A.; METAN, G.; ALP, E. Clinical presentations and diagnosis of brucellosis. Recent patents on anti-infective drug discovery, v. 8, n. 1, p. 34-41, 2013.

VINCENT, L. L.; OTTO, C. M. Infective endocarditis: update on epidemiology, outcomes, and management. Current cardiology reports, v. 20, p. 1-9, 2018.

YEW, H. S.; MURDOCH, D. R. Global trends in infective endocarditis epidemiology. Current infectious disease reports, v. 14, p. 367-372, 2012.

Downloads

Publicado

2023-09-30

Como Citar

Costa, I. L. B., Dias, L. G. da F., Soares, V. C., & Martins, R. M. (2023). Endocardite infecciosa: diretrizes otimizadas para rastreio e identificação precoce. Revista Brasileira De Educação E Saúde, 13(3), 697–705. https://doi.org/10.18378/rebes.v13i3.10152

Edição

Seção

Artigos