Esta é uma versão desatualizada publicada em 2024-07-22. Leia a versão mais recente.

Uma revisão de literatura das terapias farmacológicas e não farmacológicas no tratamento da demência

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18378/rebes.v14i3.10659

Resumo

O presente artigo aborda a demência, uma síndrome neurodegenerativa caracterizada pela deterioração progressiva das funções cognitivas, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente em populações envelhecidas. A crescente prevalência da demência, associada ao aumento da expectativa de vida, coloca problemas para a saúde pública, exigindo abordagens terapêuticas para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Tendo em vista isso, este estudo objetiva analisar as terapias farmacológicas e não farmacológicas utilizadas no tratamento da demência, avaliando sua eficácia, limitações e benefícios, além de discutir a importância de abordagens integrativas que combinem ambas as modalidades terapêuticas. A análise das terapias farmacológicas inclui os inibidores da colinesterase (donepezila, rivastigmina e galantamina) e os antagonistas do receptor NMDA (memantina), bem como as terapias adjuvantes (antidepressivos, antipsicóticos e anticonvulsivantes). Embora esses medicamentos ofereçam melhorias nos sintomas cognitivos e comportamentais, apresentam limitações em termos de eficácia e efeitos colaterais. Em conjunto, as terapias não farmacológicas, como intervenções psicossociais (terapia cognitiva e comportamental, terapia de reminiscência, terapia de validação, estimulação cognitiva), ocupacionais (atividades recreativas, terapia ocupacional), físicas (exercícios físicos, fisioterapia, terapia de movimento) e alternativas (musicoterapia, arteterapia, aromaterapia), demonstram benefícios na qualidade de vida dos pacientes, abordando os aspectos cognitivos, emocionais e sociais da demência. Os resultados indicam que a integração de terapias farmacológicas e não farmacológicas proporciona uma abordagem mais efetiva no manejo da demência. Assim, conclui-se que um tratamento personalizado e multidisciplinar, adaptado às necessidades individuais dos pacientes, é indispensável para otimizar os resultados terapêuticos e melhorar a qualidade de vida daqueles afetados pela condição.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ABRAHA, I. et al. Systematic review of systematic reviews of non-pharmacological interventions to treat behavioural disturbances in older patients with dementia. The SENATOR-OnTop series. BMJ open, v. 7, n. 3, p. e012759, 2017.

BASTIDA, J. D. et al. La depresión: un predictor de demencia. Revista espanola de geriatria y gerontologia, v. 51, n. 2, p. 112-118, 2016.

BESSEY, L. J.; WALASZEK, Art. Management of behavioral and psychological symptoms of dementia. Current psychiatry reports, v. 21, p. 1-11, 2019.

CABRERA, E. et al. Non-pharmacological interventions as a best practice strategy in people with dementia living in nursing homes. A systematic review. European Geriatric Medicine, v. 6, n. 2, p. 134-150, 2015.

CERVANTES, C. Moreno et al. Factores asociados a la demencia mixta en comparación con demencia tipo Alzheimer en adultos mayores mexicanos. Neurología, v. 32, n. 5, p. 309-315, 2017.

CHALFONT, G.; MILLIGAN, C.; SIMPSON, J. A mixed methods systematic review of multimodal non-pharmacological interventions to improve cognition for people with dementia. Dementia, v. 19, n. 4, p. 1086-1130, 2020.

CUSTODIO, N. et al. Mixed dementia: A review of the evidence. Dementia & neuropsychologia, v. 11, p. 364-370, 2017.

CUSTODIO, N.; MONTESINOS, R.; ALARCÓN, J. O. Evolución histórica del concepto y criterios actuales para el diagnóstico de demencia. Revista de Neuro-Psiquiatría, v. 81, n. 4, p. 235-249, 2018.

D’ONOFRIO, G. et al. Non-pharmacological approaches in the treatment of dementia. Update on dementia, p. 477-491, 2016.

DENING, T.; SANDILYAN, M. B. Dementia: definitions and types. Nursing Standard (2014+), v. 29, n. 37, p. 37, 2015.

DYER, S. M. et al. An overview of systematic reviews of pharmacological and non-pharmacological interventions for the treatment of behavioral and psychological symptoms of dementia. International psychogeriatrics, v. 30, n. 3, p. 295-309, 2018.

FERENCZ, B.; GERRITSEN, L. Genetics and underlying pathology of dementia. Neuropsychology review, v. 25, p. 113-124, 2015.

FINK, H. A. et al. Pharmacologic interventions to prevent cognitive decline, mild cognitive impairment, and clinical Alzheimer-type dementia: a systematic review. Annals of internal medicine, v. 168, n. 1, p. 39-51, 2018.

HERSHEY, L. A.; COLEMAN-JACKSON, Rhonda. Pharmacological management of dementia with Lewy bodies. Drugs & Aging, v. 36, p. 309-319, 2019.

IRAZOKI, E. et al. Eficacia de la terapia de reminiscencia grupal en personas con demencia. Revisión sistemática y metaanálisis. Rev Neurol, v. 65, n. 10, p. 447-456, 2017.

KHAN, A. et al. Update on vascular dementia. Journal of geriatric psychiatry and neurology, v. 29, n. 5, p. 281-301, 2016.

MAGIERSKI, R. et al. Pharmacotherapy of behavioral and psychological symptoms of dementia: state of the art and future progress. Frontiers in pharmacology, v. 11, p. 1168, 2020.

MEDEIROS, A. R. et al. A relação entre gênero e demência em idosos no Brasil. Revista Educação em Saúde, v. 8, p. 24-28, 2020.

MENDES, G. A. et al. Apoio a cuidadores familiares de idosos com demência. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 10, p. 76828-76839, 2020.

MEYER, C.; O’KEEFE, F. Non-pharmacological interventions for people with dementia: A review of reviews. Dementia, v. 19, n. 6, p. 1927-1954, 2020.

OLLEY, R.; MORALES, A. Systematic review of evidence underpinning non-pharmacological therapies in dementia. Australian Health Review, v. 42, n. 4, p. 361-369, 2017.

PACKER, R.; BEN SHLOMO, Y.; WHITING, P. Can non-pharmacological interventions reduce hospital admissions in people with dementia? A systematic review. PLoS One, v. 14, n. 10, p. e0223717, 2019.

PHAN, S. V. et al. Neuropsychiatric symptoms in dementia: considerations for pharmacotherapy in the USA. Drugs in R&D, v. 19, p. 93-115, 2019.

SANTOS, C. de S. dos; BESSA, T. A. de; XAVIER, A. J. Fatores associados à demência em idosos. Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, n. 2, p. 603-611, 2020.

SARAIVA, M. G et al. Demencia por corpos de lewy e alzheimer: diferença no diagnóstico. Saúde Coletiva (Barueri), v. 13, n. 87, p. 13001-13012, 2023.

SHEEN, Y.; SHEU, W. H. Association between hypoglycemia and dementia in patients with type 2 diabetes. Diabetes Research and Clinical Practice, v. 116, p. 279-287, 2016.

STINTON, C. et al. Pharmacological management of Lewy body dementia: a systematic review and meta-analysis. American Journal of Psychiatry, v. 172, n. 8, p. 731-742, 2015.

Downloads

Publicado

2024-07-22

Versões

Como Citar

Sousa , A. B. de, Vilela , G. O., Santos , P. L. M. dos, Queiroga , V. V., Oliveira , J. U. T., Salviano , J. L., Pereira, T. G., & Moura , I. F. (2024). Uma revisão de literatura das terapias farmacológicas e não farmacológicas no tratamento da demência. Revista Brasileira De Educação E Saúde, 14(3), 511–518. https://doi.org/10.18378/rebes.v14i3.10659

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)