Aspectos clínicos, epidemiológicos e terapêuticos da hanseníase: uma revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.18378/rebes.v15i1.10670Palavras-chave:
Hanseníase, Tratamento, DiagnósticoResumo
A Hanseníase é uma doença crônica infectocontagiosa com período de incubação prolongado e de evolução lenta, causada pelo Mycobacterium leprae, que acomete principalmente pele e nervos periféricos. O objetivo do estudo foi contribuir para a análise do cenário de hanseníase no Brasil e discutir quais são os aspectos de maior prevalência da doença, para um possível enfrentamento desta endemia. Foram realizados levantamentos bibliográficos eletrônicos nas bases de dados BVS®, LILACS® e SCIELO®. O recorte histórico das publicações foi estabelecido no período de 2017 a 2022 e selecionaram-se apenas os artigos publicados em Língua Portuguesa. A maioria consistiu em estudos de caso. As variáveis analisadas nos artigos selecionados foram sexo, idade, drogas mais suscetíveis, enfermidades e óbito. Os respectivos resultados foram: homens como principais acometidos; o grupo mais acometido é aquele com idade superior a 10 anos; associação feita com rifampicina, dapsona e clofazimina; e a forma Virchowiana é a mais prevalente, no que tange ao tratamento, por fim, observou-se que em todos os estudos foi adotado a poliquimioterapia, com dapsona, clofazimina e rifampicina, sendo este o preconizado pela OMS e Ministério da Saúde, já no que tange a prevenção da doença, o Ministério da Saúde recomenda o diagnóstico precoce e utilização do BCG, por via intradérmica. Dessa forma, o artigo demonstra a importância do diagnóstico precoce e da adesão ao tratamento adequado, além da relevância de uma maior conscientização da população em geral a respeito da doença para diminuição da transmissibilidade e dos óbitos na Hanseníase.
Downloads
Referências
ARAUJO, M. G. Hanseníase no Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 36, n. 3, p. 373-382, mai./jun. 2003.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1073/GM, de 26 de setembro de 2000. Diário oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, n. 188. Seção 1, p. 18.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária, Departamento de Vigilância Epidemiológica. Guia de Vigilância Epidemiológica [Internet]. 7th ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2009. Disponível na: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_epidemiologica_7ed.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 3.125 de 07 de outubro de 2010. Aprova as Diretrizes para Vigilância, Atenção e Controle da Hanseníase [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2010. Disponível na: http://www.morhan.org.br/views/upload/portaria_n_3125_hanseniase_2010.pdf
BRASIL. Organização Mundial da Saúde. Diretrizes para diagnóstico, tratamento e prevenção de hanseníase. Nova Deli: OMS; Escritório Regional do Sudeste Asiático; 2017. Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/274127/9789290227076-por.pdf.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Guia prático sobre a hanseníase. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2017 [citado em 30 Jul 2021]. Disponível em: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/novembro/22/Guia-Pratico-de-Hanseniase-WEB.pdf.
CONTI, J. O.; ALMEIDA, S. N. D.; ALMEIDA, J. A. Prevenção de incapacidades em hanseníase: relato de caso. SALUSVITA, Bauru, v. 32, n. 2, p. 163- 174, 2013.
FREITAS, D. S. et al. Hanseníase virchowiana associada ao uso de inibidor do fator de necrose tumoral α: relato de caso. Revista Brasileira de Reumoatologia, v. 50, n. 3, p. 333-9, 2010.
FROES, L.A.R.; TRINDADE, M.A.B.; SOTTO, M.N. Immunology of leprosy. 2020.
LOPES, F. C. et al. Leprosy in the context of the family health strategy in an endemic scenario in maranhão: prevalence and associated factors. Revista Ciência e Saúde Coletiva, v. 26, n. 5, p.1805-1816, 2021. DOI: 10.1590/1413-81232021265.04032021.
MORATO, J. B. et al. Hanseníase virchowiana - insuficiência terapêutica: relato de caso. SM – Revista Saúde Multidisciplinar, v. 2, 2019.
OMS. Organização Mundial de Saúde. Estratégia Global para Hanseníase 2016-2020: acelerar rumo a um mundo sem hanseníase. https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/254907/9789290225881-por.pdf?sequence=8
PESCARINI, J. M. et al. Epidemiological characteristics and temporal trends of new leprosy cases in Brazil: 2006 to 2017. Cadernos de Saúde Publica, v. 37, n. 7, 2021. DOI: 10.1590/0102-311X00130020
PLOEMACHER, T. et al. Reservoirs and transmission routes of leprosy; A systematic review. PLoS Negl Trop Dis. n. 14, p e0008276, 2020.
SANTOS, Á. N. et al. Perfil epidemiológico e tendência da hanseníase em menores de 15 anos. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 54, 2020. DOI: 10.1590/s1980-220x20190168036
SOUSA, A. R. D. et al. Hanseníase simulando erupção liquenóide: relato de caso e revisão de literatura. Anais Brasileiro de Dermatologia., v. 85, n. 2, p. 224-6, 2010.
SOUZA, C. D. F.; MAGALHÃES, M. A. F. M.; LUNA, C. F. Leprosy and social deprivation: Definition of priority areas in an endemic state northeastern brazil. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 23, 2020. DOI: 10.1590/1980-549720200007
TOSEPU, P, et al. Epidemiology study of leprosy patients in the district of Bombana Southeast Sulawesi Province, Indonesia. Int J Res Med Sci. n.3, v.5, p.1262-5, 2015.
WYNN, T.A.; CHAWLA, J.W.; POLLARD, J.W. Macrophage biology in development, homeostasis and disease. Nature. n. 496, p.445-455, 2013.
WENG X. et al. Transmission of leprosy in Qiubei county, yunnan, China: insights from an eight year molecular Epidemiology investigation. Infect Genet Evol. n.11, v.2, p.363-74, 2011).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Alana Caminha Silva, Alberto Ponte de Lima, Elayne Barros Muniz, Bruna Ribeiro Pontes, Bruna Drebes, Gabriela Amaral de Moura Petkevicius, Maria Auxiliadora Silva Oliveira

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Termo de cess