Gastroenterologia: impacto das terapias biológicas no controle da doença de Crohn em adolescentes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18378/rebes.v14i3.10789

Resumo

Este artigo revisou a utilização de terapias biológicas no controle da Doença de Crohn em adolescentes, uma condição inflamatória crônica do trato gastrointestinal que requer intervenções para prevenir complicações a longo prazo. O problema abordado foi a avaliação da eficácia e segurança das terapias biológicas, considerando a necessidade de tratamentos que possam induzir e manter a remissão da doença, melhorar a qualidade de vida e reduzir as complicações associadas. Sendo assim, os objetivos deste estudo incluíram a análise das diferentes terapias biológicas disponíveis, a comparação de suas eficácias e perfis de segurança, e a avaliação do impacto dessas terapias na qualidade de vida dos adolescentes. Para isso, a metodologia adotada foi uma revisão de literatura, envolvendo estudos clínicos e revisões sistemáticas publicadas nas principais bases de dados científicas. Os resultados obtidos indicaram que as terapias biológicas, como inibidores do fator de necrose tumoral, antagonistas da integrina e inibidores da interleucina, demonstraram eficácia na indução e manutenção da remissão, além de melhorar a qualidade de vida dos pacientes adolescentes. Infliximabe, adalimumabe e certolizumabe pegol foram eficazes na redução da atividade inflamatória, com infliximabe sendo o primeiro a marcar uma nova era no tratamento da Doença de Crohn. Vedolizumabe e ustekinumabe ofereceram opções adicionais com perfis de segurança favoráveis, especialmente importantes para adolescentes em tratamento prolongado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ADEGBOLA, S. O. et al. Anti-TNF therapy in Crohn’s disease. International journal of molecular sciences, v. 19, n. 8, p. 2244, 2018.

ATTAUABI, M. et al. Short and long-term effectiveness and safety of vedolizumab in treatment-refractory patients with ulcerative colitis and Crohn’s disease–a real-world two-center cohort study. European journal of gastroenterology & hepatology, v. 33, n. 1S, p. e709-e718, 2021.

BOYAPATI, R.; SATSANGI, J.; HO, G. Pathogenesis of Crohn's disease. F1000prime reports, v. 7, 2015.

CHERRY, L. N. et al. Vedolizumab: an α4β7 integrin antagonist for ulcerative colitis and Crohn’s disease. Therapeutic advances in chronic disease, v. 6, n. 5, p. 224-233, 2015.

COHEN, R. D. BIOLOGICAL THERAPY IN CROHN’S DISEASE 24. The Stem Cell Microenvironment and its Role in Regenerative Medicine and Cancer Pathogenesis, p. 329, 2016.

COLOMBEL, J. et al. Vedolizumab, adalimumab, and methotrexate combination therapy in crohn’s disease (EXPLORER). Clinical Gastroenterology and Hepatology, v. 22, n. 7, p. 1487-1496. e12, 2024.

COSKUN, M.; VERMEIRE, S; NIELSEN, O. Novel targeted therapies for inflammatory bowel disease. Trends in pharmacological sciences, v. 38, n. 2, p. 127-142, 2017.

CUSHING, K.; HIGGINS, P. Management of Crohn disease: a review. Jama, v. 325, n. 1, p. 69-80, 2021.

CUSHING, K.; HIGGINS, P. Management of Crohn disease: a review. Jama, v. 325, n. 1, p. 69-80, 2021.

DANESE, S.; VUITTON, L.; PEYRIN-BIROULET, L. Biologic agents for IBD: practical insights. Nature reviews Gastroenterology & hepatology, v. 12, n. 9, p. 537-545, 2015.

FEUERSTEIN, J. D.; CHEIFETZ, A. S. Crohn disease: epidemiology, diagnosis, and management. In: Mayo Clinic Proceedings. Elsevier, 2017. p. 1088-1103.

FLORES, F. da S.; RICALCATI, C. da S.; BOETTCHER, S. Fistulização de parede abdominal peri-ileostomia em adolescente com doença de Crohn severa: estudo de caso. Clinical and biomedical research. Porto Alegre, 2020.

FLORHOLMEN, J. Mucosal healing in the era of biologic agents in treatment of inflammatory bowel disease. Scandinavian Journal of Gastroenterology, v. 50, n. 1, p. 43-52, 2015.

GAJENDRAN, M. et al. A comprehensive review and update on Crohn's disease. Disease-a-month, v. 64, n. 2, p. 20-57, 2018.

HA, F.; KHALIL, H. Crohn’s disease: a clinical update. Therapeutic advances in gastroenterology, v. 8, n. 6, p. 352-359, 2015.

HANSEN, T.; TAR/GOWNIK, L. E. Ustekinumab for the treatment of Crohn’s disease. Expert Review of Gastroenterology & Hepatology, v. 10, n. 9, p. 989-994, 2016.

KOTZE, P. G. et al. Clinical utility of ustekinumab in Crohn’s disease. Journal of inflammation research, p. 35-47, 2018.

LUZENTALES, M. et al. Vedolizumab: potential mechanisms of action for reducing pathological inflammation in inflammatory bowel diseases. Frontiers in Cell and Developmental Biology, v. 9, p. 612830, 2021.

MACHADO, K. do E. S. et al. Aspectos sociodemográficos e clínicos relacionados à doença de Crohn em adolescentes. Enfermagem em Foco, v. 12, n. 5, 2021.

MATTOS, B. R.et al. Inflammatory bowel disease: an overview of immune mechanisms and biological treatments. Mediators of inflammation, v. 2015, n. 1, p. 493012, 2015.

MCLEAN, L. P.; CROSS, R. K. Integrin antagonists as potential therapeutic options for the treatment of Crohn’s disease. Expert opinion on investigational drugs, v. 25, n. 3, p. 263-273, 2016.

OLESEN, C. M. et al. Mechanisms behind efficacy of tumor necrosis factor inhibitors in inflammatory bowel diseases. Pharmacology & therapeutics, v. 159, p. 110-119, 2016.

PASCAL, V. et al. A microbial signature for Crohn's disease. Gut, v. 66, n. 5, p. 813-822, 2017.

REVOREDO, C. M. S. et al. Doença de Crohn e probióticos: uma revisão. Revista da Associação Brasileira de Nutrição-RASBRAN, v. 8, n. 2, p. 67-73, 2017.

RODA, G. et al. Crohn’s disease. Nature Reviews Disease Primers, v. 6, n. 1, p. 22, 2020.

SINGH, S. et al. Comparative efficacy and safety of biologic therapies for moderate-to-severe Crohn's disease: a systematic review and network meta-analysis. The Lancet Gastroenterology & Hepatology, v. 6, n. 12, p. 1002-1014, 2021.

SULZ, M. C. et al. Treatment algorithms for Crohn’s disease. Digestion, v. 101, n. Suppl. 1, p. 43-57, 2020.

TORRES, J. et al. Crohn's disease. The Lancet, v. 389, n. 10080, p. 1741-1755, 2017.

TRINDADE, M.; MORCERF, C. C. P; ESPASANDIN, V. L. Terapia biológica na doença de Crohn: quando iniciar?. Revista da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, v. 17, n. 1, p. 41-46, 2019.

TUN, G. S. Z; LOBO, A. J. Evaluation of pharmacokinetics and pharmacodynamics and clinical efficacy of certolizumab pegol for Crohn’s disease. Expert Opinion on Drug Metabolism & Toxicology, v. 11, n. 2, p. 317-327, 2015.

VANDE, N.; GILS, A. Pharmacokinetics of anti‐TNF monoclonal antibodies in inflammatory bowel disease: adding value to current practice. The Journal of Clinical Pharmacology, v. 55, n. S3, p. S39-S50, 2015.

VEAUTHIER, B.; HORNECKER, J. R. Crohn's disease: diagnosis and management. American family physician, v. 98, n. 11, p. 661-669, 2018.

VENITO, L. S; SANTOS, M. S. B; FERRAZ, A. R Doença de Crohn e retocolite ulcerativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 15, n. 7, p. e10667-e10667, 2022.

VERSTOCKT, B. et al. New treatment options for inflammatory bowel diseases. Journal of gastroenterology, v. 53, p. 585-590, 2018.

WEHKAMP, J. et al. Inflammatory bowel disease: Crohn’s disease and ulcerative colitis. Deutsches Ärzteblatt International, v. 113, n. 5, p. 72, 2016.

Downloads

Publicado

2024-08-10

Como Citar

Fonsêca, F. M. da, Moura , D. D. D., Nogueira , M. I. T., Andrade, M. C. de, Cavalcante , L. M. O., Maia , B. R., Coelho, V. S., & Albuquerque, G. C. de. (2024). Gastroenterologia: impacto das terapias biológicas no controle da doença de Crohn em adolescentes. Revista Brasileira De Educação E Saúde, 14(3), 573–580. https://doi.org/10.18378/rebes.v14i3.10789

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)