Relação entre internações por doenças coronárias e poluição do ar
Resumo
O objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre poluição atmosférica e internações por doença isquêmica do coração (DIC) em adultos na cidade de São Paulo, estratificada por sexo, explorando estruturas de defasagem para o período de 2000 a 2013. Trata-se de um estudo ecológico de série temporal. Os dados referentes a O3, PM10, CO, SO2, NO2, temperatura mínima e umidade foram obtidos junto à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). As internações hospitalares foram obtidas no banco de dados do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Utilizou-se análise descritiva e modelo linear generalizado de regressão de Poisson com polinômios de terceiro grau, considerando defasagem distribuída de até sete dias após a exposição e controlando a sazonalidade de longo prazo, dias úteis. O nível significativo foi de 5%. Para um aumento no intervalo interquartil de PM10 (24,29μg/m³) não foram observados efeitos significativos para a faixa etária de 30 a 44 anos. Mas para a faixa etária de 45 a 60 anos, houve um aumento devido às internações de homens para 3,30% (IC 95% : 1,64-4,96) e para mulheres 2,88% (IC 95%: 1,42-4,33) no dia da exposição.. Para o NO2, um intervalo interquartil (50,22 μg/m³) aumenta o total de internações em 6,17% (IC 95%: 2,80-9,53) no dia da exposição, demonstrando efeito agudo. As cardiopatias isquêmicas apresentam efeito agudo na exposição das pessoas aos poluentes atmosféricos, afetando ambos os sexos nas faixas etárias. É importante a implementação de políticas públicas visando níveis de concentrações que não afetem a saúde da população.
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