Desafios para o rastreamento do câncer de próstata na atenção primária: uma revisão integrativa

Resumo

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens e a quarta causa de morte prematura mundialmente, afetando a saúde e a identidade masculina. O rastreamento é menos eficaz que o do câncer cervical e prevalece em países desenvolvidos. No Brasil, homens acima de 40 anos, especialmente no Sul e Sudeste, são os mais afetados. Embora o rastreamento com PSA e exame retal seja recomendado, há preocupações sobre sobrediagnóstico. Objetivou-se identificar os desafios para o rastreamento do câncer de próstata na Atenção Primária à Saúde. Este trabalho é uma Revisão Integrativa da Literatura, com buscas realizadas em base de dados nacionais, utilizando os Descritores em Ciências da Saúde: "Problemas sociais/Social Problems", " Programas de Rastreamento/Mass Screening", "Neoplasias da Próstata/Prostatic Neoplasms" e " Acesso à Atenção Primária/Access to Primary Care". Após filtrar 132 artigos, o corpus de análise foi reduzido a 13 publicações. O rastreamento do câncer de próstata na atenção primária enfrenta estigmas e falta de informação. Há críticas ao sobrediagnóstico e propostas para abordagens mais integradas. Profissionais de saúde precisam se capacitar para tratar o tema com sensibilidade, além de haver lacunas no atendimento às mulheres transgêneros. Conclui-se a variabilidade nas diretrizes de rastreamento do câncer de próstata dificulta uma triagem eficaz na atenção primária. Profissionais de saúde devem se atualizar e avaliar criticamente essas diretrizes. O acesso aos serviços é limitado por preconceitos e falta de informação, tornando a conscientização e educação essenciais para melhorar a detecção precoce.