Influência dos Probióticos na Saúde Humana: Comparação entre Variedades Tradicionais e de Nova Geração

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18378/rebes.v15i1.11268

Resumo

Os probióticos são microrganismos que favorecem a saúde do intestino e do sistema imunológico, considerados benéficos quando administrados em quantidades apropriadas pela FAO/OMS.  Eles desempenham um papel na prevenção de infecções, aperfeiçoamento da barreira intestinal, regulação do sistema imunológico e fabricação de neurotransmissores.  Este estudo tem como objetivo examinar o papel dos probióticos na saúde humana, concentrando-se nas distinções entre probióticos convencionais e de última geração, identificando cepas pertinentes e provas científicas de suas vantagens e consequências clínicas.  Uma revisão bibliográfica descritiva qualitativa foi conduzida em bases de dados acadêmicas como PubMed e Scopus, empregando termos associados a probióticos.  A pesquisa abrangeu artigos originais publicados em português ou inglês, eliminando trabalhos incompletos ou duplicados, assegurando a qualidade das informações examinadas. O estudo foi realizado em setembro de 2024, enfatizando a relevância da flora intestinal para a saúde e a prevenção de enfermidades.  Os probióticos são fundamentais para o equilíbrio do sistema digestivo e a regulação do sistema imunológico, com várias espécies proporcionando vantagens particulares.  Dentre as diversas aplicações, Lactobacillus acidophilus se destaca no tratamento de diarreia e na diminuição de citocinas inflamatórias.  Lacticaseibacillus casei auxilia no tratamento da constipação e da síndrome do intestino irritável, ao passo que Lactobacillus rhamnosus é famoso por suas capacidades antidiabéticas e antivirais.  Bifidobactérias, tais como Bifidobacterium infantis e Bifidobacterium longum, também exibem efeitos significativos no combate à inflamação e na regulação do sistema imunológico.  Além dos probióticos convencionais, estão surgindo novos probióticos de última geração, com propriedades melhoradas, contudo, sua segurança ainda não está totalmente comprovada.  Estas inovações se sobressaem pela singularidade das estirpes e pelo potencial que possuem. terapêutico mais focado. Contudo, desafios permanecem, tais como a diversidade dos estudos e a ausência de uniformidade nas metodologias. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ARORA, M.; BALDI, A. Regulatory categories of probiotics across the globe: a review representing existing and recommended categorization. Indian journal of medical microbiology, v. 33, p. S2-S10, 2015.

BERMÚDEZ-HUMARÁN, L. G.; LANGELLA, P. Use of traditional and genetically modified probiotics in human health: what does the future hold?. Microbiology Spectrum, v. 5, n. 5, p. 10.1128/microbiolspec. bad-0016-2016, 2017.

BUTS, J. Twenty-five years of research on Saccharomyces boulardii trophic effects: updates and perspectives. Digestive diseases and sciences, v. 54, n. 1, p. 15-18, 2009.

CHANG, C. et al. Gastrointestinal microbiome and multiple health outcomes: umbrella review. Nutrients, v. 14, n. 18, p. 3726, 2022.

CHUA, K. J. et al. Designer probiotics for the prevention and treatment of human diseases. Current Opinion in Chemical Biology, v. 40, p. 8-16, 2017.

COSTABILE, A et al. An in vivo assessment of the cholesterol-lowering efficacy of Lactobacillus plantarum ECGC 13110402 in normal to mildly hypercholesterolaemic adults. PloS one, v. 12, n. 12, p. e0187964, 2017.

CREMON, C. et al. Pre-and probiotic overview. Current opinion in pharmacology, v. 43, p. 87-92, 2018.

CRUZ, K. C. P.; ENEKEGHO, L. O.; STUART, David T. Bioengineered probiotics: synthetic biology can provide live cell therapeutics for the treatment of foodborne diseases. Frontiers in Bioengineering and Biotechnology, v. 10, p. 890479, 2022.

GASBARRINI, G.; BONVICINI, F.; GRAMENZI, Annagiulia. Probiotics history. Journal of clinical gastroenterology, v. 50, p. S116-S119, 2016.

HAMAD, G. M. et al. Binding and removal of polycyclic aromatic hydrocarbons in cold smoked sausage and beef using probiotic strains. Food Research International, v. 161, p. 111793, 2022.

HILL, C. et al. The International Scientific Association for Probiotics and Prebiotics consensus statement on the scope and appropriate use of the term probiotic. Nature reviews Gastroenterology & hepatology, v. 11, n. 8, p. 506-514, 2014.

HONG, Y. et al. Lactobacillus acidophilus K301 inhibits atherogenesis via induction of 24 (S), 25-epoxycholesterol-mediated ABCA1 and ABCG1 production and cholesterol efflux in macrophages. PLoS One, v. 11, n. 4, p. e0154302, 2016.

KU, S. et al. Review on Bifidobacterium bifidum BGN4: functionality and nutraceutical applications as a probiotic microorganism. International journal of molecular sciences, v. 17, n. 9, p. 1544, 2016.

MANI‐LÓPEZ, E; ARRIOJA‐BRETÓN, D.; LÓPEZ‐MALO, A. The impacts of antimicrobial and antifungal activity of cell‐free supernatants from lactic acid bacteria in vitro and foods. Comprehensive Reviews in Food Science and Food Safety, v. 21, n. 1, p. 604-641, 2022.

MIZUNO, H. et al. Exopolysaccharides from Streptococcus thermophilus ST538 modulate the antiviral innate immune response in porcine intestinal epitheliocytes. Frontiers in Microbiology, v. 11, p. 894, 2020.

MU, Y.; CONG, Y. Bacillus coagulans and its applications in medicine. Beneficial microbes, v. 10, n. 6, p. 679-688, 2019.

NOCE, A. et al. Impact of gut microbiota composition on onset and progression of chronic non-communicable diseases. Nutrients, v. 11, n. 5, p. 1073, 2019.

OSMAN, N. et al. Bifidobacterium infantis strains with and without a combination of oligofructose and inulin (OFI) attenuate inflammation in DSS-induced colitis in rats. BMC gastroenterology, v. 6, p. 1-10, 2006.

RHO, M. et al. Enterococcus faecium FC-K derived from kimchi is a probiotic strain that shows anti-allergic activity. Journal of Microbiology and Biotechnology, v. 27, n. 6, p. 1071-1077, 2017.

ROSELLI, M. et al. Caenorhabditis elegans and probiotics interactions from a prolongevity perspective. International Journal of Molecular Sciences, v. 20, n. 20, p. 5020, 2019.

SANZ, Y. et al. Targeting the microbiota: considerations for developing probiotics as functional foods. In: The gut-brain Axis. Academic Press, 2016. p. 17-30.

SINGH, T. Pal; NATRAJ, B. H. Next-generation probiotics: a promising approach towards designing personalized medicine. Critical Reviews in Microbiology, v. 47, n. 4, p. 479-498, 2021.

SOMABHAI, C. A.; RAGHUVANSHI, R.; NARESHKUMAR, G. Genetically engineered Escherichia coli Nissle 1917 synbiotics reduce metabolic effects induced by chronic consumption of dietary fructose. PLoS One, v. 11, n. 10, p. e0164860, 2016.

SONG, H. et al. What roles do probiotics play in the eradication of Helicobacter pylori? Current knowledge and ongoing research. Gastroenterology research and practice, v. 2018, n. 1, p. 9379480, 2018.

WHO FAO. Joint FAO/WHO Working Group on Drafting Guidelines for the Evaluation of Probiotics in Food: Health and Nutritional Properties of Probiotics in Food Including Powder Milk with Live Lactic Acid Bacteria. Rome: Publishing Management Service, Information Division, 2001.

WICIŃSKI, M. et al. Probiotics for the treatment of overweight and obesity in humans—a review of clinical trials. Microorganisms, v. 8, n. 8, p. 1148, 2020.

YOON, W. et al. Application of genetically engineered Salmonella typhimurium for interferon-gamma–induced therapy against melanoma. European Journal of Cancer, v. 70, p. 48-61, 2017.

YOU, S. et al. The promotion mechanism of prebiotics for probiotics: A review. Frontiers in Nutrition, v. 9, p. 1000517, 2022.

ZHANG, H. et al. Next‐Generation Probiotics: Microflora Intervention to Human Diseases. BioMed research international, v. 2022, n. 1, p. 5633403, 2022.

ZHAO, Z. et al. Probiotic Escherichia coli NISSLE 1917 for inflammatory bowel disease applications. Food & Function, v. 13, n. 11, p. 5914-5924, 2022.

Downloads

Publicado

2025-03-19

Como Citar

Dias, J. M. T. (2025). Influência dos Probióticos na Saúde Humana: Comparação entre Variedades Tradicionais e de Nova Geração. Revista Brasileira De Educação E Saúde, 15(1), 187–191. https://doi.org/10.18378/rebes.v15i1.11268

Edição

Seção

Artigos