Riscos Biológicos e suas medidas preventivas na prática dos profissionais de enfermagem na atenção básica.

Resumo

A motivação deste projeto surgiu de experiências vividas durante atuação na atenção básica pelo Programa de Valorização do Profissional de Atenção Básica (PROVAB) e na Pós Lato senso em Saúde da Família pelo UNASUS- UERJ onde se observou a necessidade de maior controle dos riscos biológicos, na prática dos profissionais de enfermagem, bem como medidas de prevenção. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa realizada por meio de consulta na base de dados BVS – Biblioteca Virtual em Saúde, SciELO e LILLACS com corte temporal de 2000 a 2014, utilizando-se os descritores: atenção básica, acidentes de trabalho, riscos biológicos e enfermagem. Inicialmente, fez-se uma leitura dos resumos para identificar a pertinência ao objeto estudado, e posteriormente, fez-se a busca dos artigos na íntegra os quais foram lidos e analisados seguindo um roteiro elaborado pelas autoras contendo informações acerca da origem do artigo; ano de publicação; categoria profissional dos autores; local onde a pesquisa foi realizada; população estudada; riscos biológicos identificados no trabalho nas unidades de atenção básica. Posteriormente fizemos uma interpretação das evidências oriundas dos artigos e sugestões para futuras pesquisas. CONCLUSÃO: Acidentes com materiais perfurocortantes representam os acidentes biológicos mais importantes das exposições, apesar das precauções padrão recomendarem o uso de EPI e o não reencape de agulhas, essas práticas não têm sido adotadas plenamente nas atividades diárias dos profissionais de enfermagem, propiciando maior risco de acidentes e agravos à saúde do trabalhador. Os acidentes identificados envolveram em sua grande maioria os auxiliares e técnicos de enfermagem, com relação direta ao tempo de profissão e em situações cotidianas como punção vascular e administração de medicamentos. Os resultados apresentados revelam ser importante a revisão do processo de trabalho, com destaque para o uso de EPI e adoção de práticas seguras. Bem como, a implementação de um programa de educação permanente é relevante não somente para fomentar a aquisição de conhecimento, mas também para incentivar os profissionais a refletirem sobre sua prática e responsabilidade social.