Pré-natal e direitos da gestante e puérpera: avaliação do grau de conhecimento de pacientes de uma Unidade de Saúde da Família
DOI:
https://doi.org/10.18378/rebes.v9i2.6382Palavras-chave:
Gestante, Período Pós-Parto, ConhecimentoResumo
O desconhecimento materno acerca da assistência pré-natal bem como de suas garantias legais, constitui-se como um dos fatores contribuintes para a morbimortalidade materna e infantil. Assim, este estudo objetivou avaliar o grau de conhecimento de gestantes e puérperas, cadastradas em uma USF, acerca das generalidades e importância do pré-natal, bem como dos direitos que as amparam neste cuidado. Objetivou-se, também, verificar a influência dos profissionais da saúde no nível de conhecimento dessas mulheres. Trata-se de um estudo transversal realizado com o auxílio de um protocolo de pesquisa do tipo questionário. Dentre os principais resultados, notou-se que as puérperas obtiveram mais respostas certas, em ambos os questionários, do que as grávidas. Previsivelmente, as entrevistadas que relataram ter tido informações prévias com algum profissional da saúde, sobre os assuntos envolvendo o pré-natal, conseguiram obter mais respostas certas nas questões básicas quando comparadas com as pacientes que apenas foram instruídas por familiares e amigos. Conclui-se, portanto, que o conhecimento das entrevistadas sobre os aspectos básicos do pré-natal, assim como seus direitos, foi heterogêneo. Atesta-se essa análise quando se verifica que os melhores rendimentos nos questionários foram derivados de puérperas e aquelas pacientes que possuíam mais idade. Além disso, pôde-se perceber a importância da atenção básica em conjunto com a equipe multiprofissional na construção do conhecimento das entrevistadas acerca do pré-natal, justamente pelo fato de que os maiores acertos no questionário básico foram de mulheres que tiveram, previamente, contato com algum profissional da saúde.Downloads
Referências
BARBEIRO, F. M. S. et al. Óbitos fetais no Brasil: revisão sistemática. Revista de Saúde Pública. Brasil, p. 49-22. 2015. 10.1590/S0034-8910.2015049005568.
BARRETO, C. N. et al. ATENÇÃO PRÉ-NATAL NA VOZ DAS GESTANTES. Revista de enfermagem UFPE on line. Recife, v. 7, n. 5, p. 4354-63, jun. 2013. 10.5205/reuol.4164-33013-1-SM.0706201306.
BRASIL, Ministério da Saúde. MORTALIDADE PERINATAL: Síntese de Evidências para Políticas de Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Ciência e Tecnologia. Brasília, 2012a.
BRASIL, Ministério da Saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Editora do Ministério da Saúde. Brasília, 2012b.
BRASIL, Ministério da Saúde. HUMANIZAÇÃO DO PARTO: Humanização no pré-natal e nascimento. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Brasília, 2002.
CASTELLI, C. T. R. et al. Identificação das dúvidas e dificuldades de gestantes e puérperas em relação ao aleitamento materno. Rev. CEFAC. Jul-Ago; v.16, n.4, p:1178-1186. 2014. 10.1590/1982-0216201411713.
CAPITMAN, J. Inequalities and Access Prenatal Care. Journal Of Women’s Health. n. 0, v.0. 2018. 10.1089/jwh.2018.7065.
COELHO, E. F. AÇÕES EDUCATIVAS: da gestação ao puerpério. 23f. Dissertação (Trabalho de conclusão de curso) Universidade Federal do Triangulo Mineiro, Minas Gerais. 2011.
DE PAULA, M. C. Dificuldades Na Adesão Ao Pré-Natal Na Zona Rural De Perdizes/Mg: Uma Proposta De Intervenção. 28f. Dissertação (Especialização em Saúde da Família) – Universidade Federal do Triangulo Mineiro, Minas Gerais. 2013.
FIGUEIREDO, P. P. et al. Infant mortality and prenatal care: contributions of the clinic in the light of Canguilhem and Foucault. Rev Lat Am Enfermagem. n. 20, v.1. 2012. 10.1590/S0104-11692012000100026.
GONZALES-COWES, V. L; LANDINI, F. P. Adherencia a controles prenatales en el norte argentino desde la perspectiva de la interfaz social. Ciência & Saúde Coletiva. n. 23, v.8, p:2741-2750. 2018. 10.1590/1413-81232018238.12932016.
GUIMARÃES, C. A. et al. Concepções de gestantes sobre o pré-natal realizado por profissional do Programa Mais Médicos. Cinergis, Santa Cruz do Sul. n.18, v.1, p:25-28, jan./mar. 2016. 10.17058/cinergis.v18i1.8144
LEAL, M. C. et al. Atenção ao pré-natal e parto em mulheres usuárias do sistema público de saúde residentes na Amazônia Legal e no Nordeste, Brasil 2010. Revista Brasileira de Saúde Materna e Infantil. Recife, v.15, n.1, p. 91-104, jan/mar. 2015. 10.1590/S1519-38292015000100008.
MAKATE, M.; MAKATE, C. The impact of prenatal care quality on neonatal,infant and child mortality in Zimbabwe:evidence from the demographic and health surveys. Health Policy and Planning. n. 0, v.0. 2016. 10.1093/heapol/czw154.
MENDONZA-SASSI, R. A. et al. Avaliando o conhecimento sobre pré-natal e situações de risco à gravidez entre gestantes residentes na periferia da cidade de Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil. Caderno de Saúde Pública. Rio de Janeiro, v. 23, n. 9, p. 2157-2166, set. 2007. 10.1590/S0102-311X2007000900023.
NAVARRO-PÉREZ, C. F. et al. Factores sociodemográficos y seguimiento prenatal asociados a la mortalidade perinatal en gestantes de Colombia. Nutr Hosp. n. 32, v.3, p. 1091-1098. 2015. 10.3305/nh.2015.32.3.9179.
SÃO PAULO, Secretaria de Saúde. Atenção à gestante e à puérpera no SUS – SP: manual técnico do pré-natal e puerpério. Secretaria da Saúde. Coordenadoria de Planejamento em Saúde. Assessoria Técnica em Saúde da Mulher. São Paulo, 2010.
WANDERLEY, R. M. et al. PERFIL DA MORTALIDADE MATERNA. Revista enfermagem UFPE on line. Brasil, Recife supl. 4, p. 1616-24, abr. 2017. 10.5205/reuol.10438-93070-1-RV.1104sup201702.
Downloads
Arquivos adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Termo de cess