A uroanálise no diagnóstico de doenças renais: aspectos abordados nas análises físico-químicas e sedimentoscópica
DOI:
https://doi.org/10.18378/rebes.v10i3.7876Palavras-chave:
Uroanálise, microbiologia, diagnóstico laboratorial, análises físico-química.Resumo
A uroanálise desempenha papel importante na medicina atual, sendo a primeira prática laboratorial documentada na história. Uma técnica simples, não invasiva e de baixo custo que permite avaliar o trato urinário, e outros sistemas corporais, fornecendo indícios sobre a etiologia da disfunção. O exame parcial de urina configura-se o terceiro exame de rotina mais solicitado nos laboratórios clínicos, precedido apenas pelos exames bioquímicos e hematológicos de rotina. Uma vez que, a detecção precoce de algumas doenças pode conduzir a uma melhor sobrevida ao paciente. Realizou-se uma busca de estudos científicos em diferentes bases de dados como Science Direct, SciELO, Medline, BVS, Google Acadêmico, Pubmed e Periódico Capes, utilizando os descritores: uroanálise, microbiologia, diagnóstico laboratorial, análises físico-química. A pesquisa mostrou que a perda funcional ocasiona um desequilíbrio hidroeletrolítico e metabólico, resultando em um acúmulo de componentes tóxicos ao organismo. Alterações hepáticas podem ser observadas pela avaliação física, química e microscópica como: a presença de bilirrubina, alteração da ureia e creatinina que são metabólitos utilizados como biomarcadores renais, coloração pode apresenta-se amarelo esverdeado ou purulenta, causando manifestações nefríticas e insuficiência renal. Assim, a uroanálise tem grande eficácia, pois é capaz de detectar vários distúrbios no organismo. Mas para um diagnóstico mais fidedigno, é importante incluir outros exames, assegurando assim uma maior qualidade e confiabilidade do resultado do exame, a fim de um melhor acompanhamento terapêutico.
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