Sífilis congênita e seu impacto na saúde dos recém-nascidos
DOI:
https://doi.org/10.18378/rebes.v10i4.7948Palavras-chave:
Treponema pallidum. Epidemiologia. Morbimortalidade. Doenças transmissíveis.Resumo
Essa pesquisa tem como objetivo avaliar o impacto da sífilis congênita nos recém-nascidos na maternidade filantrópica de Aracaju, no período de outubro de 2018 a julho de 2019. Trata-se de um estudo prospectivo, transversal e descritivo, realizado a partir de um questionário elaborado pelos próprios autores e analise dos prontuários dos recém-nascido em maternidade de Aracaju. A amostra foi de 93 neonatos com sífilis congênita com boa vitalidade ao nascer. No entanto, 13% apresentaram baixo peso ao nascer e 5% foram prematuros. Dentre as alterações no exame físico, houve que 68,4% apresentaram icterícia; 10,56% desconforto respiratório; 5,26% esplenomegalia, sopro sistólico, infecção do trato urinário; 62,36% possuíram lesões ósseas compatíveis com sífilis congênita. Observou-se também que 94,7% na internação, fizeram uso de penicilina cristalina. Os dados do estudo permitiram avaliar que há grande impacto de morbidade no recém-nascido acometido por sífilis congênita e que é diretamente influenciado por falhas no pré-natal, no diagnóstico e no tratamento da gestante acometida. Este estudo pode servir de comparativo para novos estudos e fundamentar políticas públicas voltadas para a melhoria da condução dos casos de sífilis no país e reduzir o seu impacto negativo na saúde pública.
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