Defasagens no conhecimento sobre o fluxograma de atendimento antirrábico humano na atenção primária
DOI:
https://doi.org/10.18378/rebes.v13i1.9672Palavras-chave:
Raiva humana, Zoonoses, Saúde única, MordeduraResumo
São frequentes os casos de pacientes que buscam as unidades básicas de saúde para atendimento de lesões decorrentes de acidentes envolvendo mordeduras de animais. A infecção mais relevante que pode acometer esses casos é a raiva, devido a gravidade da doença e letalidade próxima a 100%. Com a finalidade de controlar a possível transmissão do vírus, a Rede de Atenção Primária à Saúde da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa estabelece um fluxograma que define as ações que devem ser tomadas pelos profissionais de saúde no atendimento inicial de casos de mordedura, visando a adequada profilaxia pós exposição da raiva humana. O objetivo do trabalho é apurar o conhecimento de profissionais da área da saúde sobre o "Protocolo de Acolhimento à Demanda Espontânea na Atenção Primária à Saúde: mordedura de animais" e da população a respeito do tema. Através da aplicação de questionários, foi observada uma defasagem dos conhecimentos por parte dos profissionais e da população em geral sobre a progressão da raiva humana e as medidas de prevenção e controle que devem ser tomadas. Essa falha pode desencadear um tratamento inadequado e aumentar os riscos de infecção após os acidentes, evidenciando uma importante necessidade de amplificação e investimento das medidas educativas sobre o assunto.
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