Hospedabilidade de plantas ornamentais e medicinais ao nematoide das galhas (Meloidogyne incognita) raça 2

Autores/as

  • Francisco José Carvalho Moreira Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará
  • Carmem Dolores Gonzaga Santos Universidade Federal do Ceará
  • Gilson Soares da Silva Universidade Estadual do Maranhão
  • Renato Innecco Universidade Federal do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.18378/rvads.v12i4.4907

Palabras clave:

Plantas hospedeiras, Controle cultural, Reação a nematoides, Meloidoginose.

Resumen

Em razão do aumento na produção de plantas ornamentais e medicinais no estado do Ceará, da importância agrícola do gênero Meloidogyne e da escassez de dados sobre a hospedabilidade desse patógeno nessas espécies, objetivou-se avaliar a susceptibilidade de 30 espécies, sendo 20 ornamentais (Antirrhimum majus), (Gazania ringens), (Carthamus tinctorius), (Bryophyllum cayicinum), (Ceasalpinia pulcherrima), (Thumbergia alata), (Petunia hibryda), (Exacum affine) (Catharanthus roseus), (Opuntia sp.), (Sansevieria trifasciata), (Asparagus densiflorus), (Hibiscus mutabilis-roreus), (Impatiens balsamiana), (Celosia spicata), (Antirrhimum sp.), (Dianthus chinensis), (Zinnia elegans), (Tagetes patula), (Capsicum annuum) e 10 medicinais (Peumus boldus), (Ocimum gratissimum), (Mentha arvensis), (Mentha x Vilosa), (Plectranthus amboinicus), (Ocimum bassilicum), (Rosmarinus officinalis), (Cymbopogon citratus), (Lippia alba), (Cymbopogon winterianus). Realizou-se o ensaio em casa de vegetação, do Setor de Fitossanidade, Departamento de Fitotecnia, da Universidade Federal do Ceará. A inoculação foi realizada com 4.000 ovos/J2 por vaso. A avaliação das plantas deu-se aos 60 dias após a inoculação. Avaliou-se a reação das plantas, mensurando-se: número de galhas e de ovos, índice de massa de ovos, fator de reprodução e redução do fator de reprodução. A partir dos resultados, classificou-se a reação das plantas ao nematoide por meio de cinco critérios. Verificou-se que das plantas ornamentais apenas a espécie T. patula não apresentou galhas em suas raízes e das medicinais, as espécies M. vilosa, L. Alba, C. citratus, C. winterianus e P. boldus também não apresentaram galhas. Assim, conclui-se que as plantas ornamentais são potenciais introdutoras de nematoide das galhas em áreas indenes e que as medicinais, podem ser utilizadas em programas de rotação de culturas em função da pouca susceptibilidade ao nematoide das galhas.

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Biografía del autor/a

Francisco José Carvalho Moreira, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará

Eng. Agrônomo, MSc. Fitotecnia/UFC
Prof. do IFCE - Campus de Sobral, ministrando aulas nos Cursos Técnico em Frutcultuta Irrigada e Tecnológico em Irrigação e Drenagem.

Lider do Grupo de Pesquisa: Centro de Estudos da Sustentabilidade Agricultura Irrigada - CESAI

Carmem Dolores Gonzaga Santos, Universidade Federal do Ceará

Engenheira Agrônoma

Professora Associada IV

Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias.
Departamento de Fitotecnia - Bloco 806 (Fitossanidade)
Campus do Pici
60356001 - Fortaleza, CE – Brasil

Gilson Soares da Silva, Universidade Estadual do Maranhão

Engenheiro Agrônomo

Adjunto IV da Universidade Estadual do Maranhão

Universidade Estadual do Maranhão, Centro de Ciências Agrárias, Laboratório de Fitopatologia.
Av Lourenço Vieira Tavares da Silva, s/nº
Tirirical
65001970 - Sao Luis, MA - Brasil - Caixa-postal: 2002

Renato Innecco, Universidade Federal do Ceará

Professor Associado IV

Engenheiro Agrônomo

Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias.
Departamento de Fitotecnia - Bloco 806 (Fitossanidade)
Campus do Pici
60356001 - Fortaleza, CE – Brasil

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Publicado

2017-10-01

Cómo citar

MOREIRA, F. J. C.; SANTOS, C. D. G.; SILVA, G. S. da; INNECCO, R. Hospedabilidade de plantas ornamentais e medicinais ao nematoide das galhas (Meloidogyne incognita) raça 2. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, [S. l.], v. 12, n. 4, p. 701–711, 2017. DOI: 10.18378/rvads.v12i4.4907. Disponível em: https://gvaa.com.br/revista/index.php/RVADS/article/view/4907. Acesso em: 3 jul. 2024.

Número

Sección

CIENCIAS AGRARIAS

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