Efeito da adição de argila nas propriedades de biofilme de quitosana
Resumo
A aplicação de biofilmes como embalagem está diretamente relacionada com suas características e com as possíveis interações destes com o produto e o meio ambiente. Há evidencias que a quitosana é uma alternativa viável para ser aplicada no recobrimento de frutos por suas características de antifúngicas, antibacterianas entre outras, e pela sua direta ação como barreira de vapores de água, que vem a tardar o envelhecimento do fruto. A argila, além de aumentar a permeabilidade ao vapor de água, possibilita uma maior aderência do biofilme na superfície do fruto. A determinação do grau de desacetilação (GD) da quitosana foi feita por titulação condutimétrica. Os biofilmes foram obtidos pela dissolução sob agitação moderada em ácido acético 0,5 M, com concentrações de quitosana de 1 e 2%. O método “casting” foi utilizado para formação dos biofilmes, onde se depositou 5 mL do gel de quitosana em placas plexiglas com 5,55 cm de diâmetro, e foram deixados à temperatura ambiente até que toda a água fosse totalmente evaporada. Foram realizados quatro diferentes tratamentos para analisar o efeito que a variação da concentração da quitosana e argila sobre a análise do estudo da coloração, opacidade, espessura, solubilidade e permeabilidade a vapor de água. A luminosidade (L*) foi alterada com a adição de argila aos filmes de quitosana, que não diferiram estatisticamente em relação a coordenada a*. O valor de b* aumentou significativamente com a o aumento da concentração de quitosana e com a adição de argila. A opacidade só foi afetada quando adicionou-se argila ao biofilme. As espessuras aumentaram com a maior quantidade de matéria depositada. E a adição de argila ajudou na barreira ao vapor de água, como pode-se observar com o aumento dos valores de permeabilidade ao vapor de água.