Qualidade pós-colheita e processamento mínimo de brotos de palma Opuntia ficus-indica Mill.
Resumo
O processamento mínimo de broto de palma para o consumo humano pode ser uma alternativa promissora para o desenvolvimento sócio-econômico das regiões semiáridas do Nordeste Brasileiro. Desse modo, o objetivo do trabalho consistiu em verificar a qualidade pós-colheita e elaborar um fluxograma operacional para o processamento mínimo de brotos de palma, com agregação de valor ao produto final. Os cladódios foram produzidos em área experimental do Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar – CCTA, da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG, Câmpus de Pombal, Pombal-PB em cultivo de sequeiro e irrigada, cladódios irrigados receberam em média 7,8 litros de água no período de 30 dias, na produção de sequeiro foi utilizada lâmina de irrigação 0. Após a colheita, os brotos foram conduzidos ao laboratório de Análise de Alimentos do CCTA/UFCG, e submetidos ao processamento mínimo: seleção; remoção dos acúleos; corte em fatias, 5 mm de espessura; sanitização e enxágüe, 10 minutos com 200 e 5mg L-1 de cloro livre (Sumaveg®), respectivamente; drenagem até 20 minutos; embalagem em bandeja de poliestireno expandido com PVC; e, conservação a 4±0,5ºC sob 65±5% UR, por 8 dias. Os maiores valores de sólidos solúveis foram identificados para os brotos produzidos de forma inteira e de sequeiro. Os teores de vitamina C obtiveram uma variação com o tempo de conservação, os teores de acidez titulável destacaram um pequeno acréscimo variando com o tempo de conservação. O maior acúmulo de perda de massa fresca foi em palma inteira irrigada, com 9,6%. Os maiores valores encontrados de pH foram no quarto dia de conservação que variaram em torno de 3,5. O processamento mínimo mostrou-se como uma alternativa viável para a comercialização do broto de palma, visto que não houve alterações sob o pronto de vista da qualidade pós-colheita.