Condicionamento de sementes de couve-folha com bioestimulantes para atenuar o estresse térmico
Palavras-chave:
temperatura, Ascophyllum nodosum, Brassica oleraceaResumo
RESUMO: A couve-folha possui importância econômica e social, contudo é bastante sensível ao estresse térmico no processo germinativo. Dessa forma, estratégias para mitigação desse efeito deletério são essenciais, dentre os mitigadores, estudos tem demonstrado que o uso de bioestimulantes mitigam estresses abióticos. Logo, objetivou-se avaliar o efeito do condicionamento fisiológico com bioestimulante à base de algas no desempenho de sementes de couve-folha cv. ‘Manteiga’. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 5 × 3, referente a cinco concentrações de Ascophyllum nodosum (0,0; 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0 mL L-1) submetidas à germinação em três temperaturas constantes de 25, 30 e 35°C. Foi avaliado a germinação, índice de velocidade de germinação, comprimento da parte aérea e raiz de plântulas normais e massa seca total. O condicionamento de sementes de couve com o A. nodosum reduziu a germinação de sementes quando aplicado doses superiores à 0,5 mL L-1 e quando submetidas as temperaturas elevadas (30 e 35 °C). A aplicação do bioestimulante à 0,5 mL L-1 promoveu maior desenvolvimento inicial de plântulas de couve. O condicionamento de sementes de couve com as doses 0,0 e 0,5 mL L-1 promoveu maior crescimento de raízes de plântulas, nas temperaturas de 30 e 25 °C.
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