A perseguição histórica às mulheres com conhecimentos de cura: um resgate essencial para a medicina contemporânea
DOI:
https://doi.org/10.18378/rbfh.v12i1.9818Palavras-chave:
Etnoconhecimento, Bruxaria, Plantas que curam, Plantas MedicinaisResumo
O presente artigo tem por objetivo, à luz do etnoconhecimento, apresentar uma análise do papel e dos desafios que mulheres consideradas bruxas tiveram ao longo de alguns períodos históricos e em diferentes sociedades, devido aos seus conhecimentos na manipulação de ervas e plantas medicinais, evidenciando, assim, a importância de resgatar tais conhecimentos como forma de reparação histórica. Discutirá ainda sobre a importância do reconhecimento deste tipo de conhecimento popular não-científico relacionados às mulheres ditas bruxas para a atualidade.
Referências
BARBOSA, Neusa Helena Rocha. Navegando nas águas da ecologia humana e do feminino profundo. Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Brasília 2014.213p.
BISCARO, Renata. Servas do diabo: o estereótipo da bruxa e a mulher no Malleus Maleficarum. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Licenciatura em História da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS).2022. 50p.
BITENCOURT, Silvana Maria; ANDRADE, Cristiane Batista. Trabalhadoras da saúde face à pandemia: por uma análise sociológica do trabalho de cuidado. Ciência & Saúde Coletiva, v. 26, p. 1013-1022, 2021.
HIRASIKE, Roseli; BASTAZIN, Vera Lúcia. A figura da bruxa sob a perspectiva teórica de René Girard, na poesia de Amanda Lovelace. Revista Desenredo, v. 17, n. 3, 2021.
HUTTON, Ronald. Grimório das Bruxas, tradução: Fernanda Rizardo. Dark Side Books e Macabra. 1 ed. 2021.
KRAMER, Heinrich; SPRENGER, James. O martelo das feiticeiras. Editora Record, 2020. FEDERICI, Silvia. Mulheres e caça às bruxas. Boitempo Editorial, 2019.
LIMA, Thaynara Morganna de Souza; SZNICER, Andréia. de curandeiras e benzedeiras para bruxas: o papel da mulher nesse contexto na Europa. Organizado por: BUENO, André; CREMA, Everton; ESTACHESKI, Dulceli; NETO, José Maria. Jardim de Histórias: discussões e experiências em aprendizagem histórica. Rio de Janeiro/União da Vitória: Edição Especial Ebook LAPHIS/Sobre Ontens, 2017.
LOPES, Igor Gonzaga; ALMEIDA, Edivânia TM Costa. Feitiçaria e relação com o diabo: o discurso inquisitorial sobre a heresia feminina no século XVIII. Emblemas, v. 16, n. 1, 2019.
MICHELET, Jules. A Feiticeira, tradução: Ana Moura- São Paulo: Aquariana, 2003.
MIRANDA, Marcos Luiz Cavalcanti. A organização do etnoconhecimento: a representação do conhecimento afrodescendente em religião na CDD1 Marcos Luiz Cavalcanti de Miranda. Revista África e Africanidades - Ano I - n. 4 – Fev. 2009 - ISSN 1983-2354. www.africaeafricanidades.com
MJI, Gubela. Women as healers and indigenous knowledge systems and its holders: An intertwined epistemological and ontological struggle for recognition. 2019. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK559870/ . Acesso em 24 abr. 2023.
MURPHY-HISCOCK, Arin. Bruxa natural: guia complete de ervas, flores, óleos essenciais e outras magias; tradução de Stephanie Borges. Rio de Janeiro: Darkside Books, 2021.
RUSSEL, Jeffrey B; BROOKS, Alexander. História da Bruxaria; traduzido por Álvaro Cabral, William Lagos. 4. ed. São Paulo: Goya, 2022.
QUIRINO, Glauberto da Silva. Saber científico e etnoconhecimento: é bom pra quê? Scientific and traditional knowledge: it is good for what? Ciênc. Educ., Bauru, v. 21, n. 2, 2015
REIS, Marcus Vinicius. O quadro de perseguição à feitiçaria no mundo português quinhentista através da produção dos discursos patriarcal e misógino. Escritas do Tempo, v. 1, n. 1, p. 72-98, 2019.
SANTOS, Boaventura de Souza. A universidade do século XXI: para uma reforma democrática e emancipatória da universidade. 2 ed. São Paulo: Cortez. 2005 (Coleções questões da nossa época; v 120).
TEIXEIRA, Samila Ferreira; RANGEL, Tauã Lima Verdan. REFLEXÕES SOBRE O ABORTO COMO POLÍTICA PÚBLICA. Acta Scientia Academicus: Revista Interdisciplinar de Trabalhos de Conclusão de Curso (ISSN: 2764-5983), v. 2, n. 04, 2017.
VAQUINHAS, Irene. Memória e História das Mulheres e de Gênero: uma reflexão a partir do caso português. Memória Coletiva. Memória Individual e História Cultural, Org. Rosangela Patriota; Alcides Freire Ramos, p. 98-129, 2018.
VICENTE, Filipa Lowndes. A arte sem história: mulheres e cultura artística (séculos XVI-XX). Athena (Babel), 2012.
VAEZA, M. N. Sobre a ONU Mulheres. ONU MULHERS, 2023. Disponível em: WWW.ONUMULHERES.ORG.BR. Acesso em 20 de maio de 2023.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Daniel Alves, Luiz Fernando Lira Bacelar, Monica Alves, Paola Barreiros Barbieri, Aline Carla de Medeiros Medeiros, Patricio Borges Maracaja Maracaja
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Esta é uma revista de acesso livre, onde, utiliza o termo de cessão seguindo a lei nº 9.610/1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais no Brasil.
Autores que publicam na Revista Brasileira de Filosofia e História (RBFH) concordam com os seguintes termos:
O(s) autor(es) doravante designado(s) CEDENTE, por meio desta, cede e transfere, de forma gratuita, a propriedade dos direitos autorais relativos à OBRA à Revista Brasileira de Filosofia e História (RBFH), representada pelo Grupo Verde de Agroecologia e Abelhas (GVAA), estabelecida na Rua João Pereira de Mendonça , 90 Bairro Petropolis em Pombal - PB doravante designada CESSIONÁRIA, nas condições descritas a seguir: 1. O CEDENTE declara que é (são) autor(es) e titular(es) da propriedade dos direitos autorais da OBRA submetida. 2. O CEDENTE declara que a OBRA não infringe direitos autorais e/ou outros direitos de propriedade de terceiros, que a divulgação de imagens (caso as mesmas existam) foi autorizada e que assume integral responsabilidade moral e/ou patrimonial, pelo seu conteúdo, perante terceiros. O CEDENTE cede e transfere todos os direitos autorais relativos à OBRA à CESSIONÁRIA, especialmente os direitos de edição, de publicação, de tradução para outro idioma e de reprodução por qualquer processo ou técnica através da assinatura deste termo impresso que deverá ser submetido via correios ao endereço informado no início deste documento. A CESSIONÁRIA passa a ser proprietária exclusiva dos direitos referentes à OBRA, sendo vedada qualquer reprodução, total ou parcial, em qualquer outro meio de divulgação, impresso ou eletrônico, sem que haja prévia autorização escrita por parte da CESSIONÁRIA.