Uso da endoscopia na hemorragia digestiva alta: revisão sistemática da literatura

Abstract

A hemorragia gastrointestinal alta (HDA) é uma das causas mais frequentes de visitas a salas de emergência e internações hospitalares. Esta é uma condição comum e potencialmente fatal e existem diferentes técnicas de endoscopia, contudo a eficácia comparativa e as melhores práticas ainda podem não estar claramente definidas. Objetivou-se avaliar a eficácia, segurança e desfechos clínicos do manejo endoscópico na hemorragia digestiva alta, considerando diferentes estratégias terapêuticas. Foi realizada uma revisão sistemática da literatura com o tema “Uso da endoscopia na hemorragia digestiva alta”. Foram consultadas as bases National Institutes of Health (NIH/PUBMED/MEDLINE), The Cochrane Library (Wiley), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Sáude (LILACS) e na Scientific Eletronic Library Online (SciELO), abrangendo publicações de 2015 a 2025. Utilizaram-se descritores indexados nos descritores em ciências da saúde e no Medical Subject Headings (DeCS/MeSH), como “Hemorragia Gastrointestinal”; “Hemostase Endoscópica” e “Endoscopia do Sistema Digestório”. Após triagem baseada em critérios de inclusão e exclusão, um total de 20 a 30 estudos foi selecionado. Os dados foram organizados em planilhas do Excel, detalhando autoria, e resultados. Utilizou-se o fluxograma PRISMA para detalhamento do processo de triagem e seleção de artigos. Modalidades como hemoclipes, coagulação térmica e ligadura elástica se destacam no manejo da HDA, especialmente quando combinadas com estratégias clínicas. A escolha do método ideal deve considerar a condição do paciente e a complexidade da lesão, reforçando a importância de infraestrutura e capacitação especializada. É possível afirmar que a intervenção endoscópica possui desfecho positivo no prognóstico de pacientes com HDA, bem como a terapia medicamentosa de proteção gástrica, vasopressores, hidratação e hemotransfusão, quando bem associadas, estão relacionadas com desfechos positivos. O tratamento endoscópico é mais eficaz do que o manejo clínico isolado na hemostasia inicial de hemorragias digestivas altas, oferecendo maior controle do sangramento, menor risco de ressangramento e redução da mortalidade.