Acesso às vias aéreas difíceis, opções e condutas otimizadas, o quanto tentar?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18378/rebes.v14i1.10426

Resumo

O acesso a vias aéreas difíceis é um dos componentes basilares para a garantia de segurança e eficácia em procedimentos médicos críticos, tais como cirurgias que requerem intubação orotraqueal e manejo de emergências respiratórias. Neste sentido, este artigo visa aprimorar o entendimento e as práticas relacionadas ao acesso a vias aéreas difíceis, por meio da identificação, análise e síntese de estratégias otimizadas e processos de tomada de decisão baseados em evidências científicas atualizadas. Realizou-se uma revisão da literatura, englobando estudos publicados nos últimos vinte anos em bases de dados científicas reconhecidas, como PubMed, Scopus e Web of Science. A metodologia empregada consistiu na seleção de artigos mediante palavras-chave relevantes ao tema, seguida de uma avaliação e sistematização das informações obtidas, com ênfase na comparação de eficácia, segurança e aplicabilidade das diversas estratégias e ferramentas disponíveis. A análise dos dados coletados permitiu identificar tendências e recomendações práticas para a otimização do manejo de vias aéreas difíceis, incluindo o emprego de videolaringoscopia, a utilização de dispositivos supraglóticos como alternativas à intubação tradicional e a implementação de algoritmos específicos para a tomada de decisão em situações críticas. Os resultados da revisão destacam a importância de uma abordagem multidisciplinar e de treinamento contínuo dos profissionais de saúde, visando aprimorar suas competências técnicas e decisórias na gestão de vias aéreas difíceis. Ademais, evidenciam-se avanços tecnológicos na área, que contribuem para aumentar as taxas de sucesso em procedimentos de intubação e reduzir os riscos associados a complicações graves. Conclui-se que a integração de conhecimentos atualizados, aliada à disponibilidade de recursos tecnológicos avançados, é importante para melhorar os outcomes em pacientes com vias aéreas difíceis, reforçando a necessidade de estratégias bem fundamentadas e baseadas em evidências para a tomada de decisão clínica nesse contexto desafiador.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AHMAD, I. et al. Virtual endoscopy—a new assessment tool in difficult airway management. Journal of clinical anesthesia, v. 27, n. 6, p. 508-513, 2015.

APFELBAUM, Jeffrey L. et al. 2022 American Society of Anesthesiologists practice guidelines for management of the difficult airway. Anesthesiology, v. 136, n. 1, p. 31-81, 2022.

ASA. American Society of Anesthesiologists. Difficult Airway Society. Disponível em: https://pubs.asahq.org/anesthesiology/article/136/1/31/117915/2022-American-Society-of-Anesthesiologists. Acesso em: 23 mar. 2024.

BOEHLER, Quentin et al. REALITI: A robotic endoscope automated via laryngeal imaging for tracheal intubation. IEEE Transactions on Medical Robotics and Bionics, v. 2, n. 2, p. 157-164, 2020.

CARSETTI, Andrea et al. Airway ultrasound as predictor of difficult direct laryngoscopy: a systematic review and meta-analysis. Anesthesia & Analgesia, v. 134, n. 4, p. 740-750, 2022.

CHEMSIAN, R. V.; BHANANKER, S.; RAMAIAH, R. Videolaryngoscopy. International journal of critical illness and injury science, v. 4, n. 1, p. 35-41, 2014.

ECHEVARRÍA-CORREAS, Miren Arantza et al. Vía aérea difícil, detección preoperatoria y manejo en quirófano. Revista Mexicana de Anestesiología, v. 38, n. 2, p. 85-90, 2015.

FELLINI, Roberto Taboada et al. Manejo da via aérea na angina de Ludwig-um desafio: relato de caso. Revista Brasileira de Anestesiologia, v. 67, p. 637-640, 2017.

FRERK, Chris et al. Difficult Airway Society 2015 guidelines for management of unanticipated difficult intubation in adults. BJA: British Journal of Anaesthesia, v. 115, n. 6, p. 827-848, 2015.

KWANTEN, Lloyd E.; MADHIVATHANAN, Pradeep. Supraglottic airway devices: current and future uses. British Journal of Hospital Medicine, v. 79, n. 1, p. 31-35, 2018.

MARK, Lynette J. et al. Difficult airway response team: a novel quality improvement program for managing hospital-wide airway emergencies. Anesthesia & Analgesia, v. 121, n. 1, p. 127-139, 2015.

MOSIER, Jarrod M. et al. The physiologically difficult airway. Western Journal of Emergency Medicine, v. 16, n. 7, p. 1109, 2015.

MUSHAMBI, M. C. et al. Obstetric Anaesthetists' Association and Difficult Airway Society guidelines for the management of difficult and failed tracheal intubation in obstetrics. Anaesthesia, v. 70, n. 11, p. 1286-1306, 2015.

MYATRA, Sheila Nainan et al. All India Difficult Airway Association 2016 guidelines for the management of unanticipated difficult tracheal intubation in adults. Indian Journal of Anaesthesia, v. 60, n. 12, p. 885-898, 2016.

PIETERS, B. M. A. et al. Videolaryngoscopy vs. direct laryngoscopy use by experienced anaesthetists in patients with known difficult airways: a systematic review and meta‐analysis. Anaesthesia, v. 72, n. 12, p. 1532-1541, 2017.

YUNOKI, Kazuma et al. Extracorporeal membrane oxygenation-assisted airway management for difficult airways. Journal of Cardiothoracic and Vascular Anesthesia, v. 32, n. 6, p. 2721-2725, 2018.

Downloads

Publicado

2024-03-26 — Atualizado em 2024-03-28

Versões

Como Citar

Frazão, M. de A., Santos, P. A. B. C., Camargo Sobrinho, S. T., Fontinele, T. de O., Simiema, A. P. de O., Dall’Orto, G. O. S., Sales Neto, J. N., & Rodrigues, F. G. (2024). Acesso às vias aéreas difíceis, opções e condutas otimizadas, o quanto tentar?. Revista Brasileira De Educação E Saúde, 14(1), 255–263. https://doi.org/10.18378/rebes.v14i1.10426 (Original work published 26º de março de 2024)

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)