Mecanismo de quedas em idosos: fatores de risco, complicações e prevenção

Resumo

O Brasil passa por um processo de transição demográfica com o crescimento exponencial da população acima dos 60 anos. Com isso, sabe-se que o envelhecimento é um processo natural e inerente a todo ser humano e, com ele, mudanças fisiológicas ocorrem no organismo e traz consigo algumas consequências, com destaque para o risco de quedas. Neste contexto, objetivou-se analisar o mecanismo de queda quanto aos fatores de risco, complicações e sua prevenção. Para tanto, realizou um estudo de caráter explicativo e de cunho bibliográfico a partir de pesquisas disponíveis nos bancos de dados da Scielo e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e publicadas entre os anos de 2019 a 2024, utilizando as seguintes palavras-chave: idoso, quedas e fragilidade. Durante a pesquisa foram encontrados 396 artigos e com base nos critérios estabelecidos foram filtrados 15 trabalhos que foram analisados de forma qualitativa neste estudo. Foi possível constatar que os fatores relacionados à queda são intrínsecos ao idoso e extrínsecos uma vez que são relacionados ao ambiente. As complicações incluem escoriações, fraturas de ossos longos, hematomas, internações hospitalares e, em casos mais graves, o óbito, e as formas de prevenção vão estar relacionadas aos fatores como adaptações do ambiente e a melhora do quadro clínico de saúde do idoso como manutenção da pressão arterial, da glicemia, da acuidade visual. Para tanto, se faz necessário a implementação de políticas mais efetivas quanto a prevenção de quedas em idoso, que se inicia na atenção primária criando grupos de idosos, avaliando fatores, integrando a família e o cuidador e é complementado na atenção secundária, avaliando e implementando as intervenções multidisciplinares que diminuam o risco e os episódios de quedas.