Estratégias de rastreamento no câncer colorretal: análise do impacto do monitoramento

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18378/rebes.v14i3.10929

Resumo

O câncer colorretal (CCR) é a segunda principal causa de morte relacionada ao câncer mundialmente, com a maioria dos casos se desenvolvendo lentamente a partir de lesões precursoras. A triagem é eficaz para reduzir a mortalidade e os custos do tratamento, mas a adesão ao rastreio é baixa em muitos países, variando de 19% a 69%. Embora o rastreio possa inicialmente aumentar a incidência detectada, ele é crucial para detectar o câncer precocemente e melhorar as taxas de sucesso no tratamento. Testes disponíveis incluem exames de fezes, sangue e imagens. Esta pesquisa visa avaliar a eficácia do rastreio em indivíduos com histórico familiar de CCR, especialmente para aprimorar as diretrizes e reduzir a mortalidade na população de alto risco. Trata-se de uma revisão bibliográfica qualitativa realizada em setembro de 2024, utilizando bases de dados como SciELO, BVS, PubMed e Google Acadêmico. A busca foi feita com os termos "Colorectal Cancer" e "screening", combinados com "AND". Foram incluídos artigos, revisões e capítulos de livros relevantes, sem limitação temporal, e escritos em inglês ou português. Artigos incompletos, duplicados ou irrelevantes foram excluídos. Os estudos selecionados serão analisados para enriquecer as discussões e inferências sobre o tema. O tratamento do CCR enfrenta desafios na detecção precoce e tratamento eficaz, necessitando de novas moléculas para diagnósticos e terapias. Os testes não invasivos incluem exames de fezes (gFOBT, FIT e DNA fecal) e exames radiológicos (enema de bário, endoscopia por cápsula e CTC). A colonoscopia é o padrão ouro para triagem e tratamento, sendo recomendada a cada 10 anos, enquanto testes de fezes variam em recomendações. A análise destaca que, apesar dos avanços, a mortalidade do CCR é significativa, com a colonoscopia e os testes de DNA fecal mostrando potencial para reduzir a mortalidade. No entanto, a adesão às diretrizes e a eficácia dos testes ainda são áreas de debate. O futuro requer mais pesquisas e adaptações das diretrizes para otimizar a triagem e manejo clínico do CCR.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALMUTAIRI, M. H. et al. Cancer-testis gene biomarkers discovered in colon cancer patients. Genes, v. 13, n. 5, p. 807, 2022.

BRAY, F. et al. Global cancer statistics 2018: GLOBOCAN estimates of incidence and mortality worldwide for 36 cancers in 185 countries. CA: a cancer journal for clinicians, v. 68, n. 6, p. 394-424, 2018.

CARROLL, M. R.; SEAMAN, H. E.; HALLORAN, S. P. Tests and investigations for colorectal cancer screening. Clinical biochemistry, v. 47, n. 10-11, p. 921-939, 2014.

CDC Division of Cancer Prevention and Control CfDCaP. Colorectal cancer statistics. Atlanta: Centers for Disease Control and Prevention, 2019.

DOMINITZ, J. A.; ROBERTSON, Douglas J. Understanding the results of a randomized trial of screening colonoscopy. N Engl J Med, v. 387, n. 17, p. 1609-1611, 2022.

FITZPATRICK-LEWIS, D. et al. Screening for colorectal cancer: a systematic review and meta-analysis. Clinical colorectal cancer, v. 15, n. 4, p. 298-313, 2016.

GURBA, A. et al. Gold (III) derivatives in colon cancer treatment. International Journal of Molecular Sciences, v. 23, n. 2, p. 724, 2022.

HEITMAN, S. J. et al. Colorectal cancer screening for average-risk North Americans: an economic evaluation. PLoS medicine, v. 7, n. 11, p. e1000370, 2010.

HQCA. HEALTH QUALITY COUNCIL OF ALBERTA. Patient completion of screening tests [Internet]. 2019. Disponível em: https://focus.hqca.ca/primaryhealthcare/screening/. Acesso em: 8 set. 2024.

IARC. International agency for research on cancer. Colorectal cancer screening, p. 300, 2019.

ISSA, I. A.; NOUREDDINE, Malak. Colorectal cancer screening: An updated review of the available options. World journal of gastroenterology, v. 23, n. 28, p. 5086, 2017.

KEUM, N.; GIOVANNUCCI, E. Global burden of colorectal cancer: emerging trends, risk factors and prevention strategies. Nature reviews Gastroenterology & hepatology, v. 16, n. 12, p. 713-732, 2019.

MANKO, M. et al. Colonoscopy in Zaria: Indications and findings. Nigerian Journal of Clinical Practice, v. 25, n. 9, p. 1580-1583, 2022.

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Metodologia científica. São Paulo, SP: Atlas, 2010.

PORTILLO, I. et al. Colorectal and interval cancers of the colorectal cancer screening program in the Basque Country (Spain). World Journal of Gastroenterology, v. 23, n. 15, p. 2731, 2017.

RICHARDSON, L. C. et al. Vital Signs: Colorectal Cancer Screening, Incidence, and Mortality--United States, 2002--2010. MMWR: Morbidity & Mortality Weekly Report, v. 60, n. 26, 2011.

SCHREUDERS, E. H. et al. Colorectal cancer screening: a global overview of existing programmes. Gut, v. 64, n. 10, p. 1637-1649, 2015.

TANG, S.; SONES, J. Q. Colonoscopy Atlas of Colon Polyps and Neoplasms. Journal of the Mississippi State Medical Association, v. 57, n. 3, p. 68-71, 2016.

THE LANCET GASTROENTEROLOGY & HEPATOLOGY. Controversy over colonoscopy for colorectal cancer screening. Lancet Gastroenterol Hepatol, v. 7, n. 12, p. 1061, 2022. DOI: 10.1016/S2468-1253(22)00356-9. Disponível em: https://doi.org/10.1016/S2468-1253(22)00356-9. Acesso em: 8 set. 2024.

Downloads

Publicado

2024-09-09

Como Citar

Cavalcanti , G. P., Lucena , J. G. de, Oliveira , J. H. V., Santos , P. K. L., Teixeira , T. M. F. L., Boemeke , G., Nogueira, M. I. T., & Souza , P. S. de. (2024). Estratégias de rastreamento no câncer colorretal: análise do impacto do monitoramento. Revista Brasileira De Educação E Saúde, 14(3), 681–685. https://doi.org/10.18378/rebes.v14i3.10929

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)