Manejo da dor e qualidade de vida em pacientes com fibromialgia: intervenções farmacológicas e não farmacológicas

Resumo

A fibromialgia é uma síndrome complexa caracterizada por dor crônica generalizada, fadiga, distúrbios do sono e sintomas funcionais, afetando cerca de 1–5% da população mundial, principalmente mulheres entre 30 e 35 anos. A condição possui um forte componente genético e ainda gera controvérsias sobre sua fisiopatologia, devido à ausência de biomarcadores específicos. Apesar dos avanços no manejo da fibromialgia, com abordagens farmacológicas e não farmacológicas promissoras, a falta de consenso e a variabilidade na resposta dos pacientes destacam a necessidade de uma avaliação crítica e integrada das opções de tratamento. Portanto, esta revisão tem por objetivo identificar as estratégias mais eficazes para o alívio da dor e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. Trata-se de uma revisão bibliográfica qualitativa descritiva para analisar o manejo da dor e a qualidade de vida em pacientes com fibromialgia, considerando intervenções farmacológicas e não farmacológicas. A pesquisa foi feita através de uma busca sistemática em bases de dados acadêmicas como PubMed e Scopus, e incluiu artigos originais em português ou inglês, excluindo trabalhos incompletos ou repetidos. A revisão foi conduzida em setembro de 2024, com foco em obter uma visão abrangente e atualizada sobre o tema. O manejo da fibromialgia enfrenta desafios devido à compreensão limitada de suas causas e à eficácia variável das terapias disponíveis. A condição é vista através de um modelo biopsicossocial que sugere múltiplos fatores periféricos e centrais, influenciando o tratamento. Medicamentos direcionados ao sistema nervoso central, como duloxetina e pregabalina, mostram eficácia variável, enquanto analgésicos e anti-inflamatórios são geralmente ineficazes. Intervenções não farmacológicas, como exercícios físicos, terapia cognitivo-comportamental e educação do paciente, têm mostrado benefícios significativos na redução da dor e melhoria da qualidade de vida. Abordagens digitais e emergentes, como neuromodulação e realidade virtual, apresentam resultados promissores, mas requerem mais pesquisa. Uma combinação personalizada de estratégias farmacológicas e não farmacológicas parece ser a abordagem mais eficaz para otimizar o manejo da fibromialgia.