Farmácia viva e o efeito de plantas medicinais no sistema único de saúde (SUS)
DOI:
https://doi.org/10.18378/rebes.v14i4.11035Palavras-chave:
Farmácia Viva, Plantas Medicinais, SUS, Fitoterapia., Práticas IntegrativasResumo
Este estudo tem como objetivo avaliar a efetividade das plantas medicinais no contexto das Farmácias Vivas, inseridas nas Práticas Integrativas e Complementares (PICS) do Sistema Único de Saúde (SUS). A Farmácia Viva é uma política pública brasileira que visa integrar o uso de plantas medicinais ao SUS, proporcionando tratamentos fitoterápicos acessíveis, baseados em conhecimento tradicional e científico. A metodologia utilizada foi uma revisão integrativa de literatura, abrangendo artigos publicados entre 2017 e 2024, que analisaram a eficácia terapêutica, custo-benefício, segurança e aceitação das plantas medicinais no SUS. A pesquisa foi realizada em bases de dados como CAPES, LILACS e ColecionaSUS, utilizando os descritores “práticas integrativas”, “farmácia viva” e “Sistema Único de Saúde”. Entre os principais resultados, constatou-se que as Farmácias Vivas representam uma alternativa terapêutica eficaz e economicamente viável, especialmente em regiões com acesso limitado a medicamentos alopáticos. No entanto, desafios como a falta de padronização nos processos e a necessidade de maior capacitação profissional foram evidenciados. A aceitação do uso de fitoterápicos é elevada entre a população, o que reforça a importância de políticas públicas que incentivem a produção local de plantas medicinais. Conclui-se que, para fortalecer e expandir a Farmácia Viva no Brasil, é necessário um investimento contínuo em capacitação, pesquisa e regulamentação, além de fomentar a integração entre conhecimento científico e popular.
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