Comparação entre modelos sintéticos e vísceras humanas no ensino da anatomia
DOI:
https://doi.org/10.18378/rebes.v13i2.9394Palavras-chave:
DeCS, Anatomia, Educação médica, EfetivoResumo
O conhecimento da anatomia é imprescindível na formação médica e seu modo de transmissão passa por mudanças nos últimos anos. A utilização de peças anatômicas sintéticas revelou-se um recurso comum, suprindo inclusive a escassez de material cadavérico em alguns laboratórios. Nota-se, entretanto, que ainda há falta de evidência empírica quantitativa na literatura sobre o melhor instrumento de ensino anatômico. O objetivo deste trabalho foi comparar dois dos instrumentos pedagógicos mais comuns no ensino da anatomia, modelos anatômicos sintéticos e vísceras humanas, no desempenho de alunos em testes de avaliação. Métodos: Trata-se de um estudo experimental randomizado com estudantes do primeiro ano dos cursos de medicina e enfermagem de 2019 a 2020. Foram selecionados os módulos da grade curricular de anatomia de tórax e abdômen para a dinâmica de aulas e provas. As dinâmicas incluíram a utilização de modelos sintéticos e espécimes cadavéricos. Para comparar o desempenho entre os participantes que realizaram a prática com modelos sintéticos e aqueles que realizaram com espécimes cadavéricos, utilizaram-se testes não paramétricos, tendo como desfecho o número de acertos em cada avaliação aplicada após as práticas. Após a exclusão de participantes inelegíveis, dos 185 indivíduos, incluíram-se na pesquisa 122 estudantes das áreas de medicina (n=69) e enfermagem (n=53). Para os dois módulos avaliados, em linhas gerais, não houve diferença entre modelos sintéticos e peças humanas quanto ao desempenho dos participantes nas avaliações. O uso de material sintético não apresentou diferenças relevantes sobre o desempenho dos estudantes nas avaliações, quando comparado ao material cadavérico previamente dissecado. Desta forma, concluímos que os modelos sintéticos podem ser considerados como uma alternativa ao treinamento convencional no ensino da anatomia, embora mais estudos devam ser realizados para apoiar este achado.
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