Avaliação temporal de preditores de risco para câncer de pênis no estado do Maranhão
DOI:
https://doi.org/10.18378/rebes.v13i4.9864Palavras-chave:
Epidemiologia, Promoção à saúde, PrevençãoResumo
O estudo tem por objetivo reunir informações sobre as tendências epidemiológicas frente aos principais fatores de risco para o câncer de pênis no Maranhão entre 2013 a 2019. Trata-se de um estudo ecológico da série temporal, com coleta de dados a partir do Instituto Nacional do Câncer, Departamento de Informática do SUS e do TABNET/DATASUS, e o SIM. O Maranhão foi escolhido pela alta quantidade de casos e mortalidade por câncer de pênis. A busca foi feita entre janeiro a abril e julho de 2022, com recorte temporal de 2013 a 2019. Em 2014, foi desenvolvido um estudo que determinou que o baixo índice educacional, ou seja, indivíduos com escolaridade até o ensino fundamental era fator de risco já que foi relatado que nunca ouviram falar sobre câncer de pênis antes. Já outro estudo demonstrou que, no mesmo ano, 40% dos óbitos por câncer de pênis ocorreram em indivíduos sem nenhuma escolaridade. Além disso, de acordo com um estudo realizado em 2013, a má higienização íntima é responsável por 35% dos casos de câncer de pênis e isso está intimamente atrelado a fatores socioeconômicos. A taxa de mortalidade no Maranhão varia entre 26,7% e 41%, se diagnosticado nos estágios 1 e 2, apresenta uma sobrevida de 5 anos em 85% dos casos. Nota-se que o câncer de pênis é uma realidade frequente no Maranhão e que ações de prevenção podem afetar significativamente este problema de saúde coletiva.
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