Inibição das cisteínas proteases como alvos de candidatos a antimaláricos: Uma revisão narrativa
DOI:
https://doi.org/10.18378/rebes.v13i4.10259Resumen
A malária é uma doença parasitária com grande prevalência no mundo. Em 2021 acometeu 247 milhões de pessoas e provocou 619.000 mortes. Sua transmissão ocorre através da picada do mosquito fêmea do gênero Anopheles infectada pelo Plasmodium. Das espécies que infectam o ser humano, o Plasmodium falciparum é o mais letal. Um dos principais fatores que tem dificultado o controle da malária, é o grande número de parasitos que apresentam resistência aos antimaláricos usuais, incluindo a artemisinina e derivados. Portanto, é necessário a descoberta de novos medicamentos que tenham maior eficácia, e com ação em alvos que interfiram apenas no parasito. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo, discorrer sobre uma nova perspectiva de abordagem terapêutica para o tratamento da malária, com alvo específico no P.falciparum. Dessa forma, foram analisados trabalhos científicos publicados em bases de dados como: PubMed, Scielo e Google acadêmico. Após análise dos dados encontrados na literatura, observou-se que as falcipaínas (cisteínas proteases) são de grande importância para manutenção do ciclo de vida do P. falciparum, principalmente as falcipaínas 2 e 3. Estas enzimas atuam na invasão aos eritrócitos, degradação da hemoglobina, e no desenvolvimento proteolítico do parasito. Portanto a inibição destas enzimas são um bom alvo terapêutico. Também, identificamos que substâncias que apresentam aceptores de Michael em sua estrutura (como é o caso de alguns adutos de Morita Baylis Hillman), são capazes de inibir as cisteínas proteases, sendo assim bons candidatos a antimaláricos.
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Derechos de autor 2024 Cinthia Rodrigues Melo, Claudio Gabriel Lima-Júnior, Abrahão Alves de Oliveira Filho, Valter Ferreira de Andrade-Neto, Margareth de Fátima Formiga Melo Diniz
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