Práticas de complementação ao leite materno: concepções de puérperas sobre aleitamento materno e uso de fórmula infantil
DOI:
https://doi.org/10.18378/rebes.v9i2.6149Palabras clave:
Nutrição do lactente. Alimentação artificial. Saúde materno-infantilResumen
Objetivo: compreender os significados atribuídos por puérperas à oferta de leite materno associado ao uso de fórmula infantil sem indicação clínico-nutricional. Métodos: Trata-se de uma pesquisa do tipo transversal, descritiva, com abordagem qualitativa. Foram realizadas 16 entrevistas. A coleta de dados ocorreu por meio de um questionário com perguntas objetivas relacionadas a dados socioeconômicos, bem como, perguntas abertas a respeito do aleitamento materno e alimentação artificial. As respostas foram registradas em gravador digital, transcritas na íntegra e submetidas à análise categorial de conteúdo. Resultados: As categorias finais encontradas foram: influência externa e da própria experiência no ato de amamentar; valorização do ato de amamentar e a fórmula infantil como adjuvante. Depreendeu-se das falas que a postura proativa ou de insegurança no puerpério atual é influenciada pela experiência de outra gestação. Em relação aos benefícios fez-se menção tanto à saúde da criança quanto materna. A baixa ou ausente produção de leite materno emergiu como alegação para a oferta de leite artificial.Conclusões:Foi verificada a valorização do ato de amamentar refletindo na disposição ao mesmo, bem como o reconhecimento de seus benefícios, apesar de ainda persistir no imaginário de algumas mulheres a ideia de leite insuficiente. O aparecimento de possíveis dificuldades, havendo indicação clinico-nutricional ou não, leva a recorrer à fórmula.
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