O papel das adipocitocinas leptina e adiponectina no desenvolvimento da obesidade
DOI:
https://doi.org/10.18378/rebes.v9i3.6525Palabras clave:
Obesidade, Leptina e AdiponectinaResumen
Devido as crescentes taxas de obesidade e sobrepeso na população, foram realizados estudos, os quais descobriram e identificaram diversas substâncias, denominadas adipocitocinas, secretadas pelos adipócitos, atribuindo ao tecido adiposo a função de órgão endócrino. As adipocitocinas desempenham um importante papel na homeostasia do balanço energético, sensibilidade a insulina, repostas imunológicas e doenças cardiovasculares. A leptina é uma proteína com 167 aminoácidos, e é predominantemente produzida pelo tecido adiposo branco e, em relação proporcional direta a massa corporal desse tecido, este hormônio desempenha uma função muito importante na regulação da ingestão alimentar e no gasto energético. Seu efeito se dá através da sua ligação com receptores específicos (ObRa, ObRb, ObRc, ObRd, ObRe, ObRf) encontrados no núcleo arqueado do hipotálamo, ativando ou inibindo neurotransmissores orexigenos, que aumentam, ou anorexígenos, que diminuem a ingestão alimentar, controlando assim a ingestão de alimentos, a fome/saciedade e o peso corporal. Diferentemente da leptina, quando ocorre um aumento das células adiposas, há uma diminuição na produção da adiponectina, mesmo sendo este um hormônio produzido predominantemente por esse tecido, suas principais funções estão relacionadas com a diminuição dos níveis séricos de glicose e redução da resistência insulínica, a sua ação se dá através da sua ligação com os receptores AdipoR1, expresso principalmente no músculo esquéletico e AdipoR2, expresso principalmente no fígado. Diante disso, esse trabalho visou descrever o papel da leptina e da adiponectina sobre o balanço energético e a ação insulínica no organismo.Descargas
Citas
ANJOS, L. A., SILVEIRA, W. D. B. Nutritional status of schoolchildren of the National Child and Youth Education Teaching Network of the Social Service of Commerce (Sesc), Brazil, 2012. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 22, n.5, p. 1725-1734, maio 2017.
BARBIERI, A. F., MELLO, R. A. Conexões: revista da Faculdade de Educação Física da UNICAMP, Campinas, v. 10, n. 1, p. 121-141, jan./abr. 2012.
BLÜHER, M. Adipokines – removing road blocks to obesity and diabetes therapy. Molecular metabolismo. Munchen. v.3, n.3, p.230-240, jun de 2014.
BRASIL, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de orçamentos familiares 2008-2009: Despesas, rendimento e condições de vida. Rio de Janeiro: IBGE; 2010.
CHAN, R. S. M.; WOO, J. Prevention of overweight and obesity: how effective is the current public health approach. International Journal of Environmental Research and Public Health, v. 7, n. 3, p. 765–83, mar. 2010.
COMBS, T. P.; MARLISS, E. B. Adiponectin signaling in the liver. Reviews in Endocrine and Metabolic Disorders, v. 15, n. December 2013, p. 137–147, 2014
COSTA, M. C. et al. Adiponectina e baixo risco cardiometabólico em obesas. Arq Bras Endocrinol Metab. v.55, n.2, 2011.
DUNCAN, B. B. et al. Doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: Prioridade para enfrentamento e investigação. Revista de Saúde Pública, v. 46, n.1, p. 126–134, 2012.
FRIEDMAN, J. M. Modern science versus the stigma of obesity. Nature Medicine. v.10, n.6, p.563-569, 2004.
FERNÁNDEZ-SÁNCHEZ, A. et al. Inflammation, oxidative stress, and obesity. International Journal of Molecular Sciences, v. 12, n. 5, p. 3117–32, jan. 2011.
FUJIKAWA T. et al. Leptin therapy improves insulin-deficient type 1 diabetes by CNS dependent mechanisms in mice. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America. v.107, p.17391–17396, 2010.
GIRASOL, A. A sinalização cellular da leptina através da tirosina quinase Fyn. Tese. Faculdade de ciências medicas da universidade estadual de campinas, Campinas, 2009.
HOTTA, K. et al. Plasma concentration of a novel specifc protein adiponectin in type 2 diabetie patients. Arterioscler Thromb Vasc Biol, v.20, p.1595-1599, 2000.
PETTO, J. et al. Adiponectina: Caracterização, Ação Metabólica e Cardiovascular. Internacional Journal of Cardiovascular Sciences, 2015.
PRADO W,. Obesidade e Adipocinas Inflamatórias: Implicações Práticas para a Prescrição de Exercício. Rev Bras Med Esporte. v.15, n.5, 2009.
KELESIDIS, T. et al. Narrative review: the role of leptina in human physiology: emerging clinical applications. Annals of internal medicine, Philadelphia. v.152, n.2, p.93-100, jan de 2010.
KIZER J.R. et al. Total and high-molecular-weight adiponectin and risk of coronary heart disease and ischemic stroke in older adults. J Clin Endocrinol Metab. v.98, n.1, p.255-263, 2013.
LEE, S. V. S. Reversibilidade parcial de alterações na função cerebral após perda de peso em humanos obesos. Tese. Faculdade de ciências medicas da universidade estadual de Campinas, Campinas, 2011.
LEE, S. V. S., VELLOSO, L. A. Disfunção hipotalâmica na obesidade. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia. v.56, n.6, p.341-350, 2012.
LEITE, L. D., ROCHA, E. D. M., NETO, J. B. et al. Obesidade: Uma doença inflamatória. Revista Ciência e Saúde. v.2, n.2, p.85-95, 2009.
LIU, Z. et al. APPLs: More than just adiponectin receptor binding proteins. Cellular Signalling, 2017.
MACHADO, W., MONTEIRO, E. R., PINTO, V. S. Leptina e exercício físico: Mecanismos para o controle do peso corporal. Revista Brasileira de prescrição e fisiologia do exercício. v.9, n.54 p.471-480, julho/agosto de 2015.
MARCELLO, M. A. Estudo molecular da adiponectina, grelina, leptina e resistina: Estabelecendo as ligações entre a obesidade e o câncer de tireoide. Tese. Faculdade de ciências medicas da universidade estadual de Campinas, Campinas, 2015.
MEIER, U., GRESSNER, A. Endocrine regulation of energy metabolis: review of pathobiochimical and clinical chemical aspects of leptina, Ghrelin, adiponectin and resistin. Clinical Chemical. v.50, n.9, p.1511-1525, 2004.
MEIRA, T. B., MORAES, F. L., BOHME, M. T. S. Relações entre leptina, puberdade e exercício no sexo feminino. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. v.15, n.4, 2009.
MORTON, G. J., SCHWARTZ, M. W. Leptin and the central nervous system control of glucose metabolism. Physiological Reviews. v.91, p.389–411, 2011.
PARDO, I. M. C. G. Estudo das adipocitoquinas (leptina e adiponectina) do cordão umbilical: Relação com o crescimento perinatal. Tese. Faculdade de ciências medicas da universidade estadual de Campinas, Campinas, 2005.
PELLEYMOUNTER, M. et al. Effects of the obese gene product on body weight regulation in ob/ob mice. Science. v.269, p.540-543, 1995.
PORTER, S. A. et al. Abdominal subcutaneous adipose tissue: a pro¬tective fat depot. Diabetes Care. v.32, p.1068-1075, 2009.
REIS P, RICHTER D. A influência da mídia na obesidade infantil brasileira: uma análise sob a ótica da proteção integral. Semin Int Demandas Sociais e Políticas Públicas na Soc Contemp, 2014.
RIBEIRO, S. M. L. et al. Leptina: aspectos sobre o balanço energetico, exercicio fisico e amenorreia do esforço. Arq Bras Endocrinol Metab. v.51, n.1, p.11-24, 2007.
ROMAN, E. A. F. R. Modulação do metabolismo muscular da glicose pela ação hipotalâmica da leptina. Tese. Faculdade de ciências medicas da universidade estadual de Campinas, Campinas, 2011.
ROSA, G. et al. Tecido adiposo, hormônios metabólicos e exercício físico. Revista Andaluza de Medicina del Deporte. v.6, n.2, p. 78-84, 2013.
SIPPEL, C. et al. Processos inflamatórios da obesidade. Revista de Atenção à Saúde. v.12, n.42, p.48-56, 2014.
SPRANGER, J. et al. Adiponectin and protection against type 2 diabetes mellitus. Lancet. v.361, n.9353, p.226-228, 2003.
SWINBURN, B. A. et al. The global obesity pandemic: shaped by global drivers and local environments. Lancet. v.378, n.9793, p.804-814, 2011.
TAKAHASHI, M. et al. Genomic structure and mutations in adipose-specific gene, adiponectin. Int J Obes Relat Metab Disord. v.24, p.861-868, 2000.
TOMAS, E. et al. Enhanced muscle fat oxidation and glucose transport by ACRP30 globular domain: acetil CoA carboxylase inhibition and AMP-activated protein kinase activation. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America. v.99, p.16309-16313, 2002.
UNGER, R.H., ZHOU, Y.T., ORCI, L. Regulation of fatty acid homeostasis in cells: novel role of leptin. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America. v.96, n.5, p.2327-2332, 1999.
WADA, N. et al. Leptin and its receptors. Journal of Chemical Neuroanatomy. New York. v.61-62, p.191-199, nov. 2014.
WANG, C. et al. Yin-Yang regulation of adiponectin signaling by APPL isoforms in muscle cells. Journal of Biological Chemistry, v. 284, n. 46, p. 31608–31615, 2009.
WHITEHEAD, J. P., RICHARDS, A. A. Adiponectin. In: Leff T, Granneman JG, editors. Adipose Tissue in Health and Disease. Detroit, USA: Wiley-VCH Verlag GmbH & Co. p. 201- 320, 2010.
WHO. OBESITY AND OVERWEIGHT. Disponível em: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs311/en/index.html. Acesso em: 2 de outubro de 2011.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. World Health Statistics. p.35-36, 2012.
YAMAUCHI, T. et al. The fat derived hormone adiponectin reverses insulin resistance associated with both lipoatrophy and obesity. Nat Med. v.7, p.941-946, 2001.
YOKOTA, T. et al. Adiponectin, a new member of the family of soluble defense collagens, negatively regulates the growth of myelomonocytic progenitors and the functions of macrophages. Blood. v.96, n.5, p.1723-1732, 2000.
ZHAO, J., GRANT, S. F. Genetics of childhood obesity. Journal of Obesity, 2011.
Descargas
Archivos adicionales
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Termo de cess