Fluxo de entrada e saída da abelha Jati (Plebeia flavocincta) em meliponário didático no Município de Ouricuri-PE
Resumo
A criação de abelhas indígenas sem ferrão tomou a denominação de Meliponicultura em alusão à subfamília Meliponinae, agrupamento taxonômico que reúne essas espécies de abelhas melíferas. No Brasil, as primeiras tentativas de substituição dos troncos e caixas rústicas com colônias alojadas por colméias racionais tiveram início na primeira década do século passado. Dentre as espécies de abelhas sem ferrão, a Jati (Plebeia flavocincta) que é uma das abelhas típicas do nordeste brasileiro, constituindo-se animais de convivência nas zonas rurais. Nossa pesquisa objetivou estudar o fluxo de entrada e saída da abelha nativa Jati (Plebeia flavocincta) em meliponário didático no município de Ouricuri - PE no segundo semestre de 2016. Durante o período experimental, realizaram-se contagens semanais nos horários compreendidos entre 5h e 17h, com intervalos de 2h entre os horários, com 10 repetições no total. As contagens duravam cinco minutos na colônia por variável e constavam em verificar o fluxo de entrada e saída de abelhas. Observou-se que o fluxo de saída de abelhas foi maior as 9h, ocorrendo uma queda até as 17h e que a saída com sujidade foi pequena, mantendo-se constante durante todo o dia, com leve pico as 9h. Em relação ao fluxo de entrada, observou-se que a entrada geral e com néctar também foi maior as 9h, ocorrendo uma redução até as 17h. A entrada com pólen foi maior as 7h. A entrada com resina e barro foi pequena e se manteve constante ao longo do dia. Conclui-se que a abelha Jati (Plebeia flavocincta) prefere forragear no período mais frio do dia, podendo está associado a oferta de alimento ou algum mecanismo fisiológico de prevenção à perda de água pelas abelhas, possibilitando sua sobrevivência em um ambiente de clima semi-árido.
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