Psitacose na interface entre humanos e aves – Revisão Bibliográfica

Autores/as

  • Thyago Araújo Gurjão FRCG
  • Dennis Fábio Silva Lima

Palabras clave:

Psitacose, Chlamydia psittaci, Psittaciformes, Saúde bública

Resumen

Os microrganismos da família Chlamydiaceae são patógenos intracelulares obrigatórios de aves e mamíferos. A vasta quantidade e diferentes espécies desta família permite a infectação de muitos hospedeiros,  devido ao seu alto tropismo tecidual variável, que proporciona o surgimento de inúmeras doenças agudas e crônicas, as quais vão desde infertilidade sexualmente transmissível, até tracoma, doenças respiratórias e cardiovasculares. Psitacose é o nome dado a uma patologia infecciosa gerada pela bacteria Chlamydia psittaci, a qual pode ser transmitida a humanos por meio de contato direto com aerossóis oriundos das secreções de aves - Psittaciformes - contaminadas e assintomáticos. Em 1879 foi descrito o primeiro surto de psitacose, descrito por Jacob Ritter, associando a doença a papagaios e tentilhões. Já os surtos pandêmicos de psitacose humana de 1929 e 1930 estavam ligados à importação de psitacídeos infectados oriundos da América do Sul destinados à Europa e América do Norte. Pelo fato de ser uma doença inespecifica, ter seus sintomas semelhantes a uma patologia de cunho viral e, comumente, não serem realizados testes para sua confirmação, uma vez que, tal conduta está consonante as diretrizes vigentes para casos clínicos gerais e médicos especialistas, de que a investigação microbiológica não se faz necessária para o tratamento adequado no caso de pneumonias não complicadas. Dessa forma, o paciente portador de pneumonia por C. psittaci fica impossibilitado de receber o tratamento de forma precisa e eficaz, todavia, é de grande importância que seja realizada a identificação da origem de caso de psitacose em humanos, por se tratar de um caso de saúde pública. Sendo assim, é necessário que seja realizada investigação na interfase entre animais, humanos e seu ambiente compartilhado, por meio de diagnóstico com base em reação em cadeia da polimerase (PCR) em conjunto com a investigação veterinária epidemiológica. Em aves, o tratamento é por meio de doxiciclina por 45 dias pois apresenta melhor absorção e por ser eliminada mais gradativamente em relação as demais tetraciclinas. pode ser administrada a dose de 1000mg/kg de ração ou 200 à 800mg/l de água; outra alternativa é o  uso de quinolonas como as enrofloxacinas e macrolídios como a azitromicina. Em humanos, o principal sintoma conhecido é uma pneumonia mais agressiva e que não age de forma simples. Febre, calafrios, diarreia, apatia e inapetência, dentre outros, são sintomas relatados por pacientes que positivaram para psitacose, para humanos o tratamento de predileção também é a base de tetraciclina, doxiciclina 10 mg via oral a cada 12h ou cloridrato de tetraciclina 500 mg, a cada 6h, deve ser contínuo e ter duração de 10 a 14 dias. Em casos de gestantes e crianças menores de 8 anos de idade, recomenda-se o tratamento com os macólideos como azitromicina e eritromicina, 250-500 mg por 7 dias.

Publicado

2023-10-22

Cómo citar

Gurjão, T. A. ., & Dennis Fábio Silva Lima. (2023). Psitacose na interface entre humanos e aves – Revisão Bibliográfica . Caderno Verde De Agroecologia E Desenvolvimento Sustentável, 12(2). Recuperado a partir de https://gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10186

Número

Sección

V FÓRUM DE MEDICINA VETERINÁRIA FRCG

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