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Previsão em Constituição Estadual de implementação das procuradorias municipais e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18378/rbfh.v14i3.10603

Palavras-chave:

Procuradoria Municipal; Constituição Estadual, Inconstitucionalidade; Supremo Tribunal Federal.

Resumo

O presente artigo tem como finalidade analisar a constitucionalidade da previsão em constituição estadual de que os Municípios são obrigados a instituir procuradorias municipais. Nesse sentido, foi abordado o conceito de autonomia municipal, delimitando posições doutrinárias e jurisprudenciais sobre o tema. Em seguida, foi estabelecido a ideia central e forma de organização das procuradorias municipais. O objetivo geral desse artigo foi analisar a posição do Supremo Tribunal Federal acerca da possibilidade de Constituição Estadual estabelecer a obrigatoriedade de Municípios instalarem órgãos de representação judicial e extrajudicial. Com os objetivos específicos, buscou-se a conceituação da autonomia municipal e da procuradoria municipal, analisando sua compatibilidade com a normas estaduais que as regulem, tal como a constitucionalidade destas. Em conclusão, verificou-se pela impossibilidade de norma de Constituição Estadual obrigar Município a instituir procuradoria, isso porque ofende a autonomia municipal. A metodologia utilizada foi a teórico-dogmática, utilizando-se pesquisas bibliográficas e jurisprudenciais acerca da temática analisada.

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Publicado

2024-07-03

Versões

Como Citar

Souza, P. H. dos S. (2024). Previsão em Constituição Estadual de implementação das procuradorias municipais e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Revista Brasileira De Filosofia E História, 13(3), 3517–. https://doi.org/10.18378/rbfh.v14i3.10603