Ritual de Bênçãos por Ministros Leigos: O Seu Uso Fundamentado no Sacerdócio Comum dos Fiéis

Autores

Resumo

Na vida de oração cristã, a benção é compreendida como movimento, é a dinâmica de bendizer a Deus e dele nos abençoar, segundo o catecismo da Igreja católica assim ocorre: ´´ Duas formas fundamentais exprimem esse movimento da benção: ora ela sobre, levada no Espirito Santo por Cristo ao Pai (nós o bendizemos por no ter abençoado), ora ela implora a graça do Espirito Santo que, por Cristo, desce de junto do Pai (é Ele que nos abençoa)´´ Para entender as bênçãos nesse contexto relacional, devemos nos nortear pela função sacerdotal de todo o povo de Deus (1Pd 2:9), que é consequência do batismo, o catecismo da igreja católica nos afirma sobre as bênçãos: ´´...Dependem do sacerdócio batismal: todo batizado é chamado a ser uma "bênção" e a abençoar. Eis por que os leigos podem presidir certas ´´bênçãos ´´. Na prática, os encontros de pessoas unidas por interesses afins resultam em relações primárias para relacionamentos mais profundos na comunhão de ideias e vivências. Atravessa no comunitário o momento da espontaneidade, desencadeando certo dinamismo que permite novos relacionamentos. Opõe-se, portanto, a uma Igreja formal, hierarquizada, “paroquial”, onde permanece a estrutura normativa. O objetivo desse artigo é possibilitar uma compreensão mais aprofundada sobre as Bênçãos litúrgicas que derivam do sacerdócio comum dos fieis, como atitude e iniciativa da Igreja, povo de Deus, que bendiz a Deus e de Deus que repousa sua bondade sobre a Igreja, seu povo.

Referências

BENTO XVI. Compêndio do Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola, 2005.

CIC - Catecismo da Igreja Católica. 10.ed. São Paulo: Loyola, 2000.

CCDDS - CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO E DISCIPLINA DOS SACRAMENTOS, Instrução Geral sobre o Missal Romano, in 3ª Edição Típica do Missal Romano, 2002 (edição para o Brasil aprovada pela Congregação em carta de 30 de julho de 2004)

CNBB. Orientações para a celebração da Palavra de Deus – doc. CNBB 52, São Paulo: Paulinas, 3 ed., 1994.

CUNHA, A. B. da. Principais crenças e a concepção do pentecostalismo sobre o batismo no espírito santo. Revista Ensaios Teológicos – Vol. 05 – Nº 01 – Jun/2019

EQUIPE DE LITURGIA DIÁRIA. Celebrações por ministros leigos, São Paulo: Paulus, 1995.

FREITAS, Paulo Ricardo. Ser Ministro: Para que? Por que? Quem? Onde? Como? São Paulo: O Recado, 5 ed., 2000.

HOLZER, W. Uma discussão fenomenológica sobre os conceitos de paisagem e lugar, território e meio ambiente. In: Revista Território, ano li, nº 3, jul. /dez. 1997.

LÓPEZ, F. G. O Pentateuco: introdução à leitura dos cinco primeiros livros da Bíblia. Trad. Alceu Luiz Orso. 2. ed. São Paulo: Editora Ave-Maria, Coleção: Introdução ao estudo da Bíblia; 3b. 2006.

MICHELLETTI, Guilherme D. Formação e Orientações para Ministros extraordinários da Sagrada comunhão, São Paulo: Editora Ave Maria, 2004.

MISSAL Romano. 2ª ed. São Paulo: Paulus; Petrópolis: Vozes, 2004.

OLIVEIRA, R. F,. As grandes doutrinas da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 1987.

PEDRINI, A. J. Ministros da Eucaristia - Formação Ministerial: formação ministerial. São Paulo: editora Loyola, 2016. 152p

PEREIRA, E. O espírito da oração ou como carismáticos entram em contato com Deus Relig. soc. vol.29 no.2 Rio de Janeiro 2009

PORTELLI, M. L. A Visão dos vencidos. Porto Alegre: L&PM, 1994.

PINTO, C.A. A. O Altar: que lugar, que presença? Espacialidade litúrgica e renovação eclesial pós-conciliar. Dissertação. Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Teologia 2020. 204p

RAMOS-SILVA, S. M. Discurso de divulgação religiosa: semiótica e retórica / Sueli Maria Ramos da Silva; orientador Norma Discini de Campos – São Paulo, 2011 337f.

SILVA, M. Comer juntos na bíblia: a última ceia na perspectiva da tradição judaica Revista Contemplação, 2019 (20), p.121-141

SCHNEIDER, R. H. e SILVA, C. M.D. da. A Bíblia no catecismo da Igreja Católica: Gênesis 1, capitulo 5 páginas de 80 a 90 HAMEL, M. R. (Org.) I Semana Acadêmica do PPG Teologia da PUCRS: Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2018. 90p

PANAZZOLO, J. Igreja comunhão, participação e missão. São Paulo: Paulus, 2010.

ROYER, L. Ministérios não-ordenados gênese histórica, experiências e reflexões – Dissertação Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Faculdade de Teologia Programa de Pós-Graduação Em Teologia Mestrado Em Teologia Sistemática Porto Alegre 2014. 84p

Downloads

Publicado

2020-09-01

Como Citar

Nóbrega, J. C. da S., Medeiros, A. C. de, & Maracaja, P. B. (2020). Ritual de Bênçãos por Ministros Leigos: O Seu Uso Fundamentado no Sacerdócio Comum dos Fiéis. Revista Brasileira De Filosofia E História, 9(1), 116–121. Recuperado de https://gvaa.com.br/revista/index.php/RBFH/article/view/8398

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

<< < 1 2 3 4 > >>