Educação sexual e sexualidade na escola: estratégias metodológicas para suas discussões
DOI:
https://doi.org/10.18378/rebes.v12i2.9242Resumo
Este estudo tem por objetivo relatar uma experiência de estratégias de educação em saúde, abordando sexualidade, prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e empoderamento do corpo adolescente em escolas na cidade de Boa Vista, Roraima. Utilizaram-se oficinas lúdicas e interativas, além de rodas de conversas de método transversal para abordar os temas: gravidez na adolescência; puberdade; questões de gênero; ISTs; sexualidade; estereótipos sociais; machismo; heteronormatividade e homofobia. Primeiramente, foi realizada uma oficina com intuito de divulgar conhecimentos para a prevenção de ISTs e de gravidez precoce. Notou-se que mesmo com o êxito na divulgação dos conceitos biocientíficos, a barreira sociocultural impera. Portanto, reafirma-se a necessidade de intervenções com conteúdo preventivista, porém, entende-se que são insuficientes para atingir a educação plena em saúde, a quebra dos mitos e a contribuição necessária pelos ambientes escolares no desenvolvimento sexual infantil. Na segunda oficina, o foco foi no debate de conceitos da pluralidade sexual e da identidade de gênero. Nessa, percebeu-se que apesar da existência de conhecimentos prévios quanto a sexualidade, os alunos escolares persistiam em acreditar em uma sexualidade heteronormativa e, em sua maioria, rejeitavam a existência de outras identidades de gênero. Isto é, as barreiras socioculturais novamente são mais importantes para o enfrentamento da homofobia e da transfobia que a falta de conceitos-chave sobre sexualidade. Por fim, pode-se afirmar que estas intervenções fortalecem a formação profissional dos acadêmicos de medicina, ao passo que ampliam a discussão acerca da sexualidade no ambiente escolar, sendo um passo importante para debater a educação sexual e suas metodologias.
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