Estratégias de ensino em anatomia humana na modalidade remota para o curso de medicina

Resumo

A pandemia da COVID-19 e a necessidade de distanciamento social tiveram um impacto importante na educação médica, necessitando-se reinventar para poder dar andamento ao processo ensino-aprendizado. Nesse sentido, o ensino de anatomia humana representou um desafio dentro dos cursos de medicina considerando a ampla gama de assuntos a serem abordados com uma maior especificidade e detalhamento. Este relato descreve as ferramentas didático-pedagógicas empregadas na anatomia nas Atividades de Ensino Remotas Emergenciais (AEREs) implantadas em uma universidade do sul do Brasil. Essas ferramentas incluíram pranchas anatômicas constituídas de imagens selecionadas das referências empregadas no curso, contendo estruturas numeradas a serem identificadas em uma tabela anexa à imagem; vídeos autorais sumarizando a vascularização e inervação dos sistemas estudados; vídeos de domínio público com estruturas cadavéricas ou de resina; avaliações simuladas para reforço e revisão dos conteúdos abordados e artigos científicos para contextualizar os assuntos estudados. A busca por estratégias de ensino que contemplem as particularidades do ensino remoto foi uma constante entre docentes nos cursos de medicina e, de uma forma geral, essas estratégias alicerçaram-se nas tecnologias da informação. A educação médica teve que se adequar a essa nova realidade, sendo que as atividades com um enfoque prático exigiram um maior número de estratégias pedagógicas nos componentes curriculares. As estratégias acima descritas buscaram substituir atividades essencialmente práticas e sofreram adequações para atender avaliações discentes. Com relação ao componente curricular abordado por meio das AEREs, é possível afirmar, tomando como base as ferramentas de avaliação, que as estratégias atingiram os objetivos propostos.