Polifarmácia: Peculiaridades epidemiológicas, efeitos e atualidades
DOI:
https://doi.org/10.18378/rebes.v9i3.6593Keywords:
polifarmácia, risco, efeito colateralAbstract
Ao longo dos séculos foram verificadas importantes modificações nas características demográficas e nos processos envolvendo a morbimortalidade ao redor do mundo. Essas alterações permitiram a ascendência do número de pacientes com doenças crônicas. Com o aumento da longevidade, nota-se uma crescente na prevalência de tratamentos medicamentosos de longa duração, bem como na multiplicidade de fármacos utilizados por um mesmo paciente, principalmente em idosos. O grande temor envolvendo a polifarmácia gira em torno dos seus potenciais efeitos colaterais. Esse estudo objetivou realizar uma busca criteriosa da literatura presente nas bases de dados em saúde com o intuito de compreender e esclarecer as particularidades epidemiológicas atuais da polifarmácia. Foram selecionados 24 artigos que estavam dentro dos critérios de inclusão dos pesquisadores. Com este estudo, foi possível evidenciar que está ocorrendo um aumento na prevalência da polifarmácia em nível global, sobretudo em regiões onde há numerosas manifestações de doenças crônicas, destacando-se as cardiovasculares e metabólicas. Além disso, os efeitos negativos da polimedicação, causados em sua maioria por reações e interações farmacológicas, estão influenciando de maneira direta na redução da sobrevida de pacientes, especialmente os idosos. Outrossim, vale destacar o alavancar do número de atendimentos a pacientes em centros de emergência e hospitalização com o fenômeno da polifarmácia, aumentando os custos nestes serviços. Desse modo, é de fundamental importância a aplicação e fiscalização de protocolos terapêuticos medicamentosos racionais aos pacientes de maneira a reduzir os processos de morbimortalidade relacionados à polifarmácia, principalmente de causa iatrogênica.
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