Caracterização e fatores associados ao uso indiscriminado de medicamentos isentos de prescrição no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.18378/rebes.v10i3.7972Palabras clave:
Automedicação, interação medicamentosa, uso indiscriminado, medicamentos isentos de prescrição-.Resumen
A utilização de Medicamentos Isentos de Prescrição é uma prática que gera preocupação. Relatos evidenciam que o uso indiscriminado de alguns analgésicos, anti-inflamatórios e antipiréticos, podem contribuir para um aumento no número de internações. Porém as ocorrências de interações medicamentosas aumentam a partir do uso irracional e concomitante pelos pacientes. A pesquisa trata-se de uma revisão sistemática da literatura, realizada através de levantamento com base em artigos científicos publicados dentro de um arco de 20 anos, indexados nas seguintes bases de dados Scientific Eletronic Library Online, Medical Literature Analysis and Retrievel System Online, National Library of Medicine National Institutes of Health, utilizando os seguintes descritores: automedicação, interação medicamentosa, uso indiscriminado, medicamentos isentos de prescrição. Observou-se nos estudos revisados, maior frequência de automedicação entre os jovens e mulheres, os idosos apresentaram maior prevalência em interações medicamentosa, devido ao uso concomitante. Por sua vez, das classes farmacológicas mais utilizadas na automedicação, os analgésicos foram a principal escolha, seguidos dos anti-inflamatórios e antitérmicos. Conclui que a automedicação é prática corrente no Brasil e envolve, principalmente, o uso de medicamentos isentos de prescrição, o fácil acesso favorece o seu uso irracional, fatores econômicos, políticos e culturais têm contribuído para o crescimento e a difusão desta prática no Brasil, tornando-a um problema de saúde pública.
Descargas
Citas
AQUINO, D. S.; BARROS, J. A. C; SILVA, M. D. P. A automedicação e os acadêmicos da área de saúde. Ciência Saúde Coletiva, v. 15, n. 5, p.2533-2558, 2010.
ARRAIS, P. S. D., FERNANDES, M. E. P., PIZZOLII, T. S. D., RAMOS, L. R. MENGUEIV, S. S., LUIZAV, V. L., TAVARESV, N. U., FARIASV, L. M., OLIVEIRAV, R. M. A., BERTOLDIV, A. D. Prevalência da automedicação no Brasil e fatores associados. Revista Saúde Pública, v. 2, n. 13, p. 1- 11, 2016.
BARROS, A. R. R, GRIEP, R. H, ROTENBERG L. Self-medication among nursing workers from public hospitals. Revista Latino-Americana Enfermagem, v.17, n.6, p.1015-1022, 2009.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O que devemos saber sobre medicamentos, Brasília, 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Consulta Pública nº 95, de 19 de novembro de 2001.
BRASIL. Ministério da Saúde. Comissão Intergestores Tripartite e Conselho Nacional de Saúde. Portaria nº 3.916, de 30 de outubro de 1998.
BRASIL. Ministério da Saúde. Plano de Ação: comitê nacional para promoção do uso racional de medicamentos. Disponível em: [Link] Acesso em: 25/05/2020.
CARRASCO-GARRIDO, P.; HERNÁNDEZ-BARRERA, V.; ANDRÉS, L. A.; JIMÉNEZ-TRUJILLO, I.; JIMÉNEZGARCÍA, R.; Sex-differences on self-medication in Spain. Pharmacoepidemiol Drug Saf. v. 19, n. 12, p.1293-9, 2010.
CARVALHO, M. F; OASCIN, A. R. P; SOUZA-JUNIOR, P. R. B; DAMACENA, G. N.; SZWARCWALD, C. L. Utilization of medicines by the Brazilian population, Cad Saude Publica. v. 21, n.1, p.100-108, 2005.
CRUZ, E. S., SILVA, I., AUGUSTO, V., COELHO, A. Incidência da automedicação entre jovens universitários da área da saúde e de humanas. Revista Saúde UniToledo, v. 03, n. 01, p. 02-12, 2019.
DEPARTAMENTO DE PESQUISAS DO ICTQ. O perfil dos brasileiros que tem o hábito de automedicar. 2016. Disponível em: [Link]. Acesso em: 11/04/ 2020.
DOMINGUES, P. H. F., GALVÃO, T. F., ANDRADE, K. R. C., ARAÚJO, P. C., SILVA, M. T., PEREIRA, M. G. Prevalência e fatores associados à automedicação em adultos no Distrito Federal: estudo transversal de base populacional. Epidemiol. Serv. Saude, v. 26, n.2, p. 319-330, 2017.
DUARTE, D. A. P. S; MALTA-JUNIOR, A. Perfil da Automedicação em uma Farmácia de Dispensação em Barbalha-CE,Faculdade de Juazeiro do Norte. Rev. e-ciênc. v.3, n.2, p.6673. 2015.
FONSECA, F. I. R. M.; DEDIVITIS, R. A.; SMOKOU, A.; LASCANE, E.; CAVALHEIRO, R. A.; RIBEIRO, E. F.; SILVA, A. M.; SANTOS, E. B. Frequência de automedicação entre acadêmicos de faculdade de medicina. Rev. Diagn. Tratamento. v. 15, n. 2, p. 53-57, 2010.
FONTANELLA, F. G.; GALATO, D.; REMOR, K. V. T. Perfil de automedicação em universitários dos cursos da área da saúde em uma instituição de ensino superior do sul do Brasil. Rev. Bras. Farm. v. 94, n. 2, p. 154-160, 2013.
FREITAS, T. H. P.; SOUZA, D. F. A. Corticosteróides sistêmicos na Prática dermatológica. Principais Efeitos adversos. An Bras. Dermatol, v. 82, n. 1, p. 63-70, 2007.
GALATO, D.; MADALENA, J.; PEREIRA, G. B. Automedicação em estudantes universitários: a influência da área de formação. Ciência e Saúde Coletiva. v. 17, n. 12, p. 3323-3330, 2012.
LOYOLA FILHO, A. I.; UCHOA, E.; GUERRA, H. L.; FIRMO, J. O. A.; LIMA-COSTA, M. F. Prevalência e fatores associados à automedicação: resultados do projeto Bambuí. Rev. Saúde Públ. v. 36, n. 1, p. 55-62, 2002.
MASSON, W.; FURTADO, P. L; LAZARINI, C. A; CONTERNO, L. O. Automedicação entre acadêmicos do curso de medicina da Faculdade de Medicina de Marília, São Paulo. Revista Brasileira Pesquisa em Saúde. v. 14, n. 4, p. 82-89, 2012.
MATOS, J. F. M.; PENA, D. A. C.; PARREIRA, M. P. P.; SANTOS, T. C.; COURA-VITAL, W. Prevalência, perfil e fatores associados à automedicação em adolescentes e servidores de uma escola pública profissionalizante. Cadernos Saúde Coletiva, v. 26, n.1, p. 76-83, 2018.
MORAES, D. C.; SILVA JUNIOR, G. D.; SOARES, M. P.; COLLIER, K. F. S. Automedicação praticada por acadêmicos do curso de graduação em enfermagem do centro universitário de Gurupi, Tocantins. Rev. Cereus. v. 7, n. 2, p. 105-116, 2015.
OLIVEIRA, L. L.; MOURA, N. P. R.; MARTINS-FILHO, P. R. S.; LIMA, G. S.; TAVARES, D. S.; TANAJURA, D. M. Avaliação da prática da automedicação numa população urbana do Nordeste do Brasil. Scientia Plena, v. 12, n. 12, 2016.
OLIVEIRA, M. A. R., BARBOSA, F. G. Caracterização da prática de automedicação e fatores associados: uma breve revisão. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research. v.25, n.1, p.62-65, 2019.
PINHEIRO, R. M.; WANNMACHER, L. Uso racional de anti-inflamatórios não esteroides. In: HORUS- Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica. In: MINISTÉRIO DA SAÚDE. Uso Racional de Medicamentos Temas relacionados. Brasília: Editora MS, Cap. 5, p. 41-50, 2012.
RANKEL, S. A. O.; SATO, M. O.; SANTIAGO, R. M. Uso irracional dos anti-inflamatórios não esteroidais no município de Tijucas do Sul, Paraná, Brasil. Visão Acadêmica, v.17, n.4, 2016.
SANTOS, J. C.; JUNIOR, M. F.; RESTIN, C. B. A. Potenciais interações medicamentosas identificadas em prescrições a pacientes hipertensos. Rev Bras Clin Med, 2012.
SANTOS, T. R. A.; LIMA, D. M.; NAKATANI, A.Y. K.; PEREIRA, L. V; LEAL, G S.; AMARAL, R. G. Consumo de medicamentos por idosos, Goiânia, Brasil. Revista Saúde Pública, São Paulo, v. 47, p. 94-103, 2013.
SELVARAJ, K.; KUMAR, S. G.; RAMALINGAM, A. Prevalence of self-medication practices and its associated factors in Urban Puducherry, India. Perspect. Clin. Res. v. 5, n. 1, p. 32-36, 2014.
SILVA, F. M., GOULART, F. C., CARLOS ALBERTO LAZARINI, C. A. Caracterização da prática de automedicação e fatores associados entre universitários do curso de Enfermagem. Rev. Eletr. Enf. v. 16, n. 3, p. 644-651, 2014.
SILVA, J. M.; MENDONÇA, P. P.; PARTALA, A. K. Anti-inflamatórios não-esteroides e Suas Propriedades Gerais. Revista Científica do ITPAC, v.7, n.4, 2014.
SILVA, J. A. C.; GOMES, A. L. G.; OLIVEIRA, J. P. S.; SASAKI, Y. A.; MAIA, B. T. B.; ABREU, B. M. A. Prevalência de automedicação e os fatores associados entre os usuários de um Centro de Saúde Universitário. Revista Brasileira de Clínica Medica, v. 11, n. 1, p. 27-30, 2013.
SILVA, R. C. G.; OLIVEIRA, T. M.; CASIMIRO, T. S.; VIEIRA, K. A. M.; TARDIVO, M. T; FARIA JÚNIOR, M.; RESTINI, C. B. A. Automedicação em acadêmicos do curso de medicina. Medicina (Ribeirão Preto). v. 45, n. 1, p. 5-11, 2012.
SINITOX. CICT. FIOCRUZ, 2014. Disponível em: [Link] Acesso em: 26/04/2020.
SOUZA, A. S. A., PEREIRA, S. R., SARAIVA, E. M. S. Caracterização da População Usuária de
Medicamentos isentos de prescrição no Brasil. Id on Line Rev. Mult. Psic. v.12, n. 42, p. 70-75, 2018.
VIEIRA, D. M. CAVEIÃO, C. Perfil das intoxicações medicamentosas no estado de São Paulo na perspectiva da vigilância sanitária. Revista Saúde e Desenvolvimento, v. 9, n.5, 2016.
VIEIRA, F. S; ZUCCHI, P. Financiamento da assistência farmacêutica no sistema único de saúde. Saúde Soc., v. 22, n.1, p.73-84, 2013.
VITOR, R. S.; LOPES, C. P.; MENEZES, H. S. Padrão de consumo de medicamentos sem prescrição médica na cidade de Porto Alegre, RS. Ciência & Saúde Coletiva, v.13, n. 1, p.737-743, 2008.
Descargas
Archivos adicionales
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Termo de cess