Exposição digital às telas e suas consequências para a criança
DOI:
https://doi.org/10.18378/rbfh.v12i3.9955Palabras clave:
Tecnologia, Cognição, Efeitos psicofisiológicosResumen
Introdução: As tecnologias estão intimamente presentes na vida das pessoas, com a exposição digital às telas inserida durante os primeiros anos de vida dos filhos. A ação tecnológica nessa faixa etária pode promover uma variedade de efeitos biopsicofisiológicos deletérios. Desta forma, é imprescindível a análise da comunidade científica sobre a temática, a fim de mitigar esses efeitos nas próximas gerações. Objetivo: Evidenciar a relação entre tempo de tela e as consequências para a criança. Método: Foi realizado um estudo na forma de Revisão Integrativa de Literatura. A coleta de dados foi feita nas plataformas de pesquisa nacionais e internacionais. Os Descritores em Ciências da Saúde utilizados foram: “tempo de tela”, criança e “desenvolvimento infantil”. Foram encontrados 4558 artigos, dos quais 16 artigos foram selecionados. Resultados: A maioria dos artigos foi catalogada como revisão sistemática (n=6; 37,5%). Ademais, há maior predominância dos Estados Unidos da América como país de origem das pesquisas, do inglês como o idioma principal e dos anos de 2022 (n=5; 31,2%) e 2020 (n=4; 25%) como períodos mais expressivos. Em relação aos impactos observados, notou-se como maior prevalência os efeitos fisiológicos, com 56,3% (n=9). Evidenciando-se, também, repercussões no âmbito do estilo de vida, de ordem motora, visual e cardiovascular, além de transtornos neurológicos. Conclusão: Portanto, identificou-se a utilização predominante de telas por indivíduos na fase infantil de maneira exacerbada, ultrapassando o limiar estabelecido para cada faixa etária, promovendo consequências negativas nesse período.
Palavras-chave: Tecnologia; Cognição; Efeitos psicofisiológicos.
Citas
ASHBROOK, Liza H. et al. Genetics of the human circadian clock and sleep homeostat. Neuropsychopharmacology, v. 45, n. 1, p. 45-54, 2020.
BUCHANAN, Leigh Ramsey et al. Reducing recreational sedentary screen time: a community guide systematic review. American Journal of Preventive Medicine, v. 50, n. 3, p. 402-415, 2016.
CHU, Jonathan et al. Screen time and suicidal behaviors among US children 9–11 years old: A prospective cohort study. Preventive medicine, v. 169, p. 107452, 2023.
CROTTY, Jennifer; MARTIN-HERZ, Susanne; SCHARF, Rebecca. Cognitive Development. Pediatrics in Review. v. 44, p.58-67, 2023.
DOMINGUES‐MONTANARI, Sophie. Clinical and psychological effects of excessive screen time on children. Journal of paediatrics and child health, v. 53, n. 4, p. 333-338, 2017.
DRESP-LANGLEY, Birgitta; HUTT, Axel. Digital addiction and sleep. International Journal of Environmental Research and Public Health, v. 19, n. 11, p. 6910, 2022.
EIRICH, Rachel et al. Association of screen time with internalizing and externalizing behavior problems in children 12 years or younger: a systematic review and meta-analysis. JAMA psychiatry, 2022.
EL-SHEIKH, Mona et al. What does a good night’s sleep mean? Nonlinear relations between sleep and children’s cognitive functioning and mental health. Sleep, v. 42, n. 6, p. zsz078, 2019.
ENGELHARDT, Eliasz et al. A substância branca cerebral: dissecção virtual dos principais feixes: tratografia. Rev Bras Neurol, v. 44, n. 2, p. 19-34, 2008.
FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. Panorama do Uso de TI no Brasil. Rio de Janeiro, 2022
GUERRERO, Michelle D. et al. Screen time and problem behaviors in children: exploring the mediating role of sleep duration. International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity, v. 16, n. 1, p. 1-10, 2019.
HENDERSON, Mélanie et al. Influence of adiposity, physical activity, fitness, and screen time on insulin dynamics over 2 years in children. JAMA pediatrics, v. 170, n. 3, p. 227-235, 2016.
HERMONT, Ana Paula et al. Revisões integrativas em Odontologia: conceitos, planejamento e execução. Arquivos em Odontologia, v. 57, p. 3-7, 2021.
HUTTON, John S. et al. Associations between screen-based media use and brain white matter integrity in preschool-aged children. JAMA pediatrics, v. 174, n. 1, p. e193869-e193869, 2020.
JANSSEN, Xanne et al. Associations of screen time, sedentary time and physical activity with sleep in under 5s: A systematic review and meta-analysis. Sleep medicine reviews, v. 49, p. 101226, 2020.
KORTE, Martin. The impact of the digital revolution on human brain and behavior: where do we stand? Dialogues in clinical neuroscience, 2022.
KUSHIMA, Megumi et al. Association between screen time exposure in children at 1 year of age and autism spectrum disorder at 3 years of age: the Japan Environment and Children’s Study. JAMA pediatrics, v. 176, n. 4, p. 384-391, 2022.
LAMAS, Carmela et al. Screen Time and Bone Status in Children and Adolescents: A Systematic Review. Frontiers in Pediatrics, p. 1425, 2021.
LEITÃO, Clara Monteiro; LIMA JÚNIOR, Umberto Marinho de; SOUSA, Milena Nunes Alves de. Implicações do tempo de tela no desenvolvimento neuropsicomotor de crianças autistas. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 23, n. 3, p. e11970-e11970, 2023.
LI, Chao et al. The relationships between screen use and health indicators among infants, toddlers, and preschoolers: a meta-analysis and systematic review. International journal of environmental research and public health, v. 17, n. 19, p. 7324, 2020.
LIMA, Hallana Laisa Dantas de et al. Como elaborar uma revisão integrativa: sistematização do método científico. Revista Recien-Revista Científica de Enfermagem, v. 12, n. 37, p. 334-345, 2022.
LISSAK, Gadi. Adverse physiological and psychological effects of screen time on children and adolescents: Literature review and case study. Environmental research, v. 164, p. 149-157, 2018.
MADIGAN, Sheri et al. Association between screen time and children’s performance on a developmental screening test. JAMA pediatrics, v. 173, n. 3, p. 244-250, 2019.
NOBRE, Juliana Nogueira Pontes et al. Fatores determinantes no tempo de tela de crianças na primeira infância. Ciencia & saude coletiva, v. 26, p. 1127-1136, 2021.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Manual de Orientação – Grupo de Trabalho Saúde na Era Digital. 2019.
OSWALD, Tassia K. et al. Psychological impacts of “screen time” and “green time” for children and adolescents: A systematic scoping review. PloS one, v. 15, n. 9, p. e0237725, 2020.
PELEGRINI, A. et al. Association between sedentary behavior and bone mass in adolescents. Osteoporosis International, v. 31, p. 1733-1740, 2020.
SKALICKÁ, Věra et al. Screen time and the development of emotion understanding from age 4 to age 8: A community study. British Journal of Developmental Psychology, v. 37, n. 3, p. 427-443, 2019.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA (SBP). Crianças no celular: Saiba o tempo ideal para cada idade. Barueri, SP, 2022.
VIANA, Lana Beatriz de Oliveira Pinho; SOUSA, Milena Nunes Alves de Sousa. Impactos del aumento del tiempo de exposición a pantallas digitales en la infancia durante la pandemia de Covid-19. Ces Salud Pública Y Epidemiología, v. 1, n. 2, p. 99-114, 2022.
VIOLA, Poliana Cristina de Almeida Fonseca et al. Situação socioeconômica, tempo de tela e de permanência na escola e o consumo alimentar de crianças. Ciência & Saúde Coletiva, v. 28, p. 257-267, 2023.
WESTBY, Carol. Screen time and children with autism spectrum disorder. Folia Phoniatrica et Logopaedica, v. 73, n. 3, p. 233-240, 2021.
YU, Yen‐Ting et al. High levels of screen time were associated with increased probabilities of lagged development in 3‐year‐old children. Acta Paediatrica, v. 111, n. 9, p. 1736-1742, 2022.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Yan Carlos de Sousa Diniz, Emmanuelle Campos Diniz Rafael, João Pedro Paulo de Andrade, Lívia Araújo Sousa, Milena Nunes Alves de Sousa
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Esta é uma revista de acesso livre, onde, utiliza o termo de cessão seguindo a lei nº 9.610/1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais no Brasil.
Autores que publicam na Revista Brasileira de Filosofia e História (RBFH) concordam com os seguintes termos:
O(s) autor(es) doravante designado(s) CEDENTE, por meio desta, cede e transfere, de forma gratuita, a propriedade dos direitos autorais relativos à OBRA à Revista Brasileira de Filosofia e História (RBFH), representada pelo Grupo Verde de Agroecologia e Abelhas (GVAA), estabelecida na Rua João Pereira de Mendonça , 90 Bairro Petropolis em Pombal - PB doravante designada CESSIONÁRIA, nas condições descritas a seguir: 1. O CEDENTE declara que é (são) autor(es) e titular(es) da propriedade dos direitos autorais da OBRA submetida. 2. O CEDENTE declara que a OBRA não infringe direitos autorais e/ou outros direitos de propriedade de terceiros, que a divulgação de imagens (caso as mesmas existam) foi autorizada e que assume integral responsabilidade moral e/ou patrimonial, pelo seu conteúdo, perante terceiros. O CEDENTE cede e transfere todos os direitos autorais relativos à OBRA à CESSIONÁRIA, especialmente os direitos de edição, de publicação, de tradução para outro idioma e de reprodução por qualquer processo ou técnica através da assinatura deste termo impresso que deverá ser submetido via correios ao endereço informado no início deste documento. A CESSIONÁRIA passa a ser proprietária exclusiva dos direitos referentes à OBRA, sendo vedada qualquer reprodução, total ou parcial, em qualquer outro meio de divulgação, impresso ou eletrônico, sem que haja prévia autorização escrita por parte da CESSIONÁRIA.