Consumo de alimentos processados e ultraprocessados por escolares de Arroio do Tigre, Rio Grande do Sul
DOI:
https://doi.org/10.18378/rebes.v7i3.4787Palabras clave:
Hábitos alimentares, Adolescentes, Alimentos industrializados.Resumen
Alterações na alimentação da população brasileira, aumentando a ingestão de alimentos processados industrialmente, com maior densidade energética tem aumentando o risco de obesidade na população. Portanto, objetivou-se avaliar a frequência do consumo de alimentos processados e ultraprocessados verificando e comparando a sua relação com excesso de peso entre adolescentes do ensino público e privado do município de Arroio do Tigre, Rio Grande do Sul. Trata-se de um estudo transversal realizado com adolescentes, com idade entre 10 e 15 anos, de uma escola pública e uma privada de Arroio do Tigre, RS. O estado nutricional foi avaliado pelo índice de massa corporal. Aplicou-se um questionário de frequência alimentar contendo alimentos processados e ultraprocessados. Compuseram a amostra, 64 adolescentes com idade média de 12,03±1,15 anos, sendo 53,1% da escola pública. O estado nutricional não diferiu entre as escolas (p=0,343), mas predominou-se a eutrofia (76,6%). Quando comparado o estado nutricional com o consumo de alimentos processados e ultraprocessados, verificou-se uma maior frequência no consumo de balas e chicletes (50,0%) e barra de cereais (51,0%), de 1-3 vezes por semana (p=0,004; p=0,029, respectivamente). Houve também uma maior frequência de consumo de alimentos processados e ultraprocessados como pizza (73,5%; p<0,001), refrigerante (58,8%; p=0,036) e biscoito recheado (58,8%; p=0,008) entre 1-3 vezes por semana na escola pública em comparação a escola privada. O consumo de suco de pacote (p=0,013) foi relatado não ser consumido pela maioria dos alunos da escola particular comparado à escola pública. Existe um consumo expressivo de alimentos processados e ultraprocessados pelos adolescentes de ambas as escolas, destacando alimentos com alto teor de açúcar e sódio.Descargas
Citas
BERTIN, R. L.; KARKLE, E. N. L.; ULBRICH, A. Z.; STABELINI NETO, A.; BOZZA, R.; ARAUJO, I. Q.; DE CAMPOS, W. Estado nutricional e consumo alimentar de adolescentes da rede pública de ensino da cidade de São Mateus do Sul, Paraná, Brasil. Rev Bras Saúde Matern Infant, v.8, p. 435-43, 2008.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Guia alimentar para a população brasileira. 2ed Brasília: Ministério da Saúde; 2014. 256p
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde: Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.76 p.
DE SOUZA, E. B. Transição nutricional no Brasil: análise dos principais fatores. Cadernos UniFOA, v. 5, n. 13, p. 49-53, 2017.
DIZ, J. I. Desarrollo del adolescente: aspectos físicos, psicológicos y sociales. Pediatr Integral, v. 17, n. 2, p. 88-93, 2013.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [Internet]. Pesquisa de orçamentos familiares 2008-2009: despesas, rendimentos e condições de vida. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; 2010. [citado 2016 Aug 8]. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv45130.pdf
LEITE, F. H.; DE OLIVEIRA, M. A.; DE CARVALHO CREMM, E.; DE ABREU, D. S.; MARON, L. R.; MARTINS, P. A. Oferta de alimentos processados no entorno de escolas públicas em área urbana. Jornal de Pediatria, v. 1, n. 1, p. 328-34, 2012.
LEVY, R. B.; CLARO, R. M.; MONDINI, L.; SICHIERI, R.; MONTEIRO, C. A. Distribuição regional e socioeconômica da disponibilidade domiciliar de alimentos no Brasil em 2008-2009. Rev Saúde Pública, v. 46, n. 1, p.6-15, 2012.
MARTINS, G. B.; FERREIRA, T. N.; CARVALHO, I. Z. Estado Nutricional e o Consumo Alimentar de Adolescentes de uma Escola Privada de Maringá-PR. Saúde e Pesquisa, v. 7, n. 1, p. 47-53, 2014.
MATUK, T. T.; STANCARI, P. C. S.; BUENO, M. B.; ZACCARELLI, E. M. Composição de Lancheiras de Alunos de Escolas Particulares de São Paulo. Rev Paul Pedriatr, v. 29, n. 2, p. 157-63, 2011.
MONTEIRO, C. A.; CASTRO, I. R. Por que é necessário regulamentar a publicidade de alimentos. Cienc Cult, v. 61, n. 4, p. 56-9, 2009.
MONTEIRO, C. A.; LEVY, R. B.; CLARO, R. M.; CASTRO, I. R.; CANNON, G. A new classification of foods based on the extent and purpose of their processing. Cad Saúde Pública, v. 26, n. 11, p. 2039-49, 2010.
PARDO, I. M.; MERCADANTE, M. P.; ZANATTA, M. F.; RAMOS, V. C.; NASCIMENTO, S. D.; MIRANDA, J. E. Prevalência de excesso de peso entre estudantes de ensino fundamental de escola pública e privada em Sorocaba, São Paulo, Brasil. Rev Bras Med Fam Comunidade, v. 8, n. 26, p. 43-50, 2013.
SILVA, J. G, TEIXEIRA, M. L.; FERREIRA, M. D. Alimentação e saúde: sentidos atribuídos por adolescentes. Esc Anna Nery Rev Enferm, v. 16, n. 1, p. 88-95, 2012.
SLATER, B; PHILIPPI, S. T.; MARCHIONI, D. M.; FISBERG, R. M. Validação de Questionários de Freqüência Alimentar-QFA: considerações metodológicas. Rev Bras Epidemiol, v. 6, n. 3, p. 200-8, 2003.
SOUZA, A. D.; PEREIRA, R. A.; YOKOO, E. M.; LEVY, R. B.; SICHIERI, R. Alimentos mais consumidos no Brasil: Inquérito nacional de alimentação 2008-2009. Rev Saúde Pública, v. 47, n. 1, p. 190-9, 2013.
TRAEBERT, J.; MOREIRA, E. A.; BOSCO, V. L.; ALMEIDA, I. C. Transição alimentar: problema comum à obesidade e à cárie dentária. Rev Nutr, v. 17, n. 2, p. 247-53, 2004.
VIEIRA, M. V.; DEL CIAMPO, I. R. L.; DEL CIAMPO, L. A. Hábitos e Consumo Alimentar Entre Adolescentes Eutróficos E Com Excesso de Peso. Rev Bras Crescimento Desenvolv Hum, v. 24, n. 2, p. 157-162, 2014.
Archivos adicionales
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Termo de cess