Disponibilidade para a Educação Interprofissional nos estudantes em uma universidade do planalto catarinense
DOI:
https://doi.org/10.18378/rebes.v13i2.9826Palavras-chave:
Educação Interprofissional, Students, Health Occupations, Collaborative LearningResumo
A Educação Interprofissional (EIP) visa reunir diferentes profissionais para aprender com e sobre outras profissões, objetivando melhorar os serviços de saúde. A disponibilidade dos estudantes para aprenderem juntos reflete diretamente na sua atuação interprofissional. Este estudo avaliou a disponibilidade para a Educação Interprofissional nos estudantes da área da saúde, em uma universidade do planalto norte catarinense, procurando identificar diferenças entre os participantes e não participantes do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde, através da aplicação da Readiness for Interprofessional Learning Scale (RIPLS). Tratou-se de uma pesquisa exploratória e descritiva com abordagem quantitativa. Os dados foram analisados por meio dos Softwares Excel versão 365, para a estatística descritiva, e GraphPad Prism versão 5.0, e foram comparados através do teste ANOVA. Participaram desta pesquisa 178 estudantes na etapa 1 e 88 na etapa 2. Para as pontuações dos fatores, foi identificada diferença estatística entre PET e não-PET, observando que, para o RIPLS na etapa 3, os fatores 1 e 3 foram superiores no grupo PET e o fator 2 foi superior no grupo não-PET, demonstrando que ambos os grupos apresentaram alta disponibilidade para o Fator 1 e 3, e certa fragilidade quanto ao Fator 2. O estudo refletiu disponibilidade para o trabalho colaborativo em ambos os grupos, e maior preferência para os petianos. Demonstrou-se que as metodologias ativas de ensino impactam positivamente a aprendizagem e o comportamento dos estudantes. Destaca-se a necessidade de futuros estudos, que possam investigar situações não bem elucidadas como influência do gênero e fase do curso.
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